A Yeesco, loja de roupas com sede em Brusque, foi alvo, nesta semana, de nova notificação do Procon, desta vez de Santa Catarina. Segundo o órgão de defesa do consumidor, a empresa tem até 20 dias para enviar respostas a uma série de exigências feitas.
Empresa enfrenta, há meses, reclamações de consumidores insatisfeitos – Foto: Divulgação/Yeesco
Líder em reclamações
Segundo o Procon, a empresa decretou Recuperação Judicial e tenta resolver o problema de entrega de centenas de pedidos atrasados que geram reclamações há meses, fazendo com que seja líder em denúncias em Santa Catarina.
Em um período de 12 meses, a marca chegou a registrar mais de 62 mil reclamações pelo site Reclame Aqui. Entre as principais delas, consumidores relatam que a empresa não estipula um prazo para a entrega de seus produtos.
Além disso, a gigante do comércio eletrônico têxtil que atende a todo o Brasil recebeu 715 reclamações formais apenas no Procon SC em 2023 e 2024. A empresa também lidera o ranking do Zap Denúncias do Procon SC – todas sobre mercadorias não entregues.
Exigências a serem seguidas pela Yeesco:
- Esclarecer quais reclamações de consumidores foram atendidas e quais ainda estão pendentes;
- Anexar o comprovante de pagamento da restituição do valor devolvido a consumidores lesados;
- Anexar comprovante de entrega dos produtos que estavam atrasados;
- Anexar provas e explicações de defesa.
Em caso de descumprimento, o Procon SC irá abrir um processo administrativo contra a Yeesco, de acordo com o Art. 56 da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor).
Histórico do imbróglio
Em abril deste ano, o Procon da cidade de Brusque anunciou notificação enviada à Yeesco para que encerrasse as vendas de seu e-commerce, o que não foi feito na época.
A Yeesco assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em junho, no qual se comprometeu a pagar R$ 80 mil de indenização pelos atrasos nas entregas de produtos.
A empresa perdeu na Justiça as duas contestações que tentou, mas reconquistou o direito de voltar a vender pela internet com o TAC.
“Entretanto, as reclamações não cessaram, a Yeesco segue com muita dificuldade em cumprir seus acordos comerciais e tenta, com a Recuperação Judicial, evitar falência e cumprir seus contratos”, finaliza o Procon.
O ND Mais tentou contato com a empresa via e-mail em busca de um posicionamento e, até o momento desta publicação, não obteve retorno. O espaço segue aberto.
