O pinhão deve passar a fazer parte da merenda nas escolas catarinenses. É o que prevê um projeto de lei aprovado nesta semana pela Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), que destaca os frutos produzidos pela agricultura familiar, seja na economia popular solidária, seja em empreendimentos familiares rurais.
O projeto é dos deputados Neodi Saretta (PT) e Marquito (Psol), e tem objetivo de incentivar os pequenos produtores de pinhão catarinenses que sobrevivem da atividade. Além disso, outro benefício é o consumo da semente pelos estudantes, já que o pinhão tem alto valor nutricional.
“Trata-se de uma iniciativa para fortalecer e apoiar os produtores de pinhão que, ano após ano, dedicam-se à colheita. Primeiro a questão econômica desses empreendimentos rurais e também o valor nutricional do pinhão para os estudantes”, afirmou Saretta.
“A maior produtividade do país está no estado e com essa lei a gente garante que o programa nacional de alimentação escolar, que é operado pelos municípios e pelo Estado, adquira esse produto diretamente da agricultura familiar, dos empreendimentos da economia solidária e das associações e cooperativas, para que as crianças jovens e adultos tenham esse alimento disponibilizado nas escolas”, disse Marquito.
Com a decisão, o projeto segue para a sanção do governador estadual. Ainda neste mês, a paçoca e o entrevero de pinhão foram declarados patrimônios culturais de Santa Catarina.