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Autor de atentado em Brasília parecia ‘preocupado’ e não quis nota fiscal, diz dono de loja de fogos de artifício


Segundo vendedor, Francisco Wanderley Luiz pediu tocha de ‘maior potência’, dizendo que seria mais ‘bonita’ para o que pretendia fazer. Homem morreu ao detonar explosivos em frente ao STF. Dono de loja visitada por autor de atentado em Brasília fala sobre compra de tochas
Autor dos atentados na Praça dos Três Poderes na última quarta-feira (13), Francisco Wanderley Luiz parecia “preocupado” quando comprou os fogos de artifício usados no crime, afirma o dono da loja em Ceilândia, no Distrito Federal, onde o material foi comprado.
Segundo Fernando Barramansa, que vendeu os itens a Francisco, o homem chegou a pedir uma tocha “de maior potência” e a dispensar a nota fiscal da compra (veja vídeo acima).
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“No dia que ele veio buscar essa tocha maior, eu notei ele assim um pouco preocupado, olhava pra trás, olhava pros lados. […] Ele disse que era um evento, que o pequenininho [fogo de artifício] não ia pegar bem, queria uma coisa mais bonita pra turma dele lá. Não falou local, não falou mais nada”, conta o dono da loja.
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, comprou mais de R$ 1,5 mil em fogos de artifícios na loja, que fica em Ceilândia, nos últimos dias 5 e 6 (veja vídeo mais abaixo). Na quarta-feira (13), ele detonou explosivos na região da Praça dos Três Poderes e morreu enquanto explodia artefatos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Eu falei com ele que se eu passasse o cartão de todo jeito eu tinha que tirar a nota fiscal. Ele falou não, não precisa de nota. […] Outra coisa que percebi é que ele não parou o carro na porta da loja. Tenho estacionamento muito amplo, não vi o carro dele”, disse o dono do estabelecimento.
Dono de loja em que autor de atentado em Brasília comprou fogos de artifício relata conversa
TV Globo/Reprodução
Compras
Autor de atentado em Brasília gastou mais de R$ 1,5 mil em fogos de artifícios
Imagens da câmera de segurança da loja, obtidas pela Polícia Civil (PCDF) mostram Francisco Wanderley na loja (veja vídeo acima). Em cima do balcão, estava uma caixa com fogos de artifício. Depois de pagar pelo produto, o homem deixou o local.
De acordo com a polícia, a loja não está irregular e não fez uma venda proibida. Os comerciantes prestaram depoimento e estão ajudando a polícia com as informações necessárias.
Ainda de acordo com a PCDF, Francisco Wanderley modificou os fogos de artifício de forma caseira para que as explosões ficassem mais potentes.
Entenda o caso
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Arte/g1
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