O Ginásio Poliesportivo se transformou em abrigo para as pessoas que precisaram sair às pressas dos prédios que foram interditados por conta de rachaduras. Cerca de 100 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas depois que dois prédios do conjunto habitacional Jardim São Carlos, em Alfenas (MG), foram interditados por conta de rachaduras nas paredes. Segundo a Defesa Civil, a situação se agravou nesta quinta-feira (14).
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“Houve uma piora, houve um aumento gradativo, pouca coisa, mas houve um aumento. Nós estamos fazendo isolamento da área permeável aqui para evitar que o solo fique encharcado entre os bocos”, disse o coordenador da Defesa Civil de Alfenas, Marcelo Pereira Lopes da Cruz.
Uma empresa especializada foi contratada para fazer uma avaliação da resistência do solo. E depois da conclusão dessa etapa, será emitido um laudo com os resultados desse trabalho e só a partir daí será possível investigar quais as reais causas das rachaduras.
Situação em prédios com rachaduras se agrava em Alfenas, diz Defesa Civil; 100 pessoas tiveram que sair de casa
Reprodução EPTV
“Previamente dizendo assim, nós conseguimos identificar apenas que algumas partes podem estar um pouco mais molhadas, outras não, mas isso aí pode ser característico também de chuvas, pluviais, alguma coisa desse tipo. Então isso e todas isso a gente vai avaliar futuramente”, disse o engenheiro civil Everton Bernardes Santos.
O Ginásio Poliesportivo se transformou em abrigo para as pessoas que precisaram sair às pressas dos prédios que foram interditados por conta de rachaduras. A Débora e os dois filhos fazem parte das sete famílias que passaram a noite no local.
“É constrangedor, né? Porque do nada, né? Isso acontece, a gente nunca está esperando essas coisas, né? A gente quase nem dormiu, né? Infelizmente, mas a gente está aqui”, disse a costureira Débora Soares da Graça.
Situação em prédios com rachaduras se agrava em Alfenas, diz Defesa Civil; 100 pessoas tiveram que sair de casa
Reprodução EPTV
Uma das suspeitas é de um vazamento na tubulação da Copasa. A companhia já enviou uma equipe técnica ao local. Durante todas as etapas de análises, os prédios vão continuar interditados. Por isso, a prefeitura vai pagar o aluguel para as famílias que ainda não têm lugar para morar.
“Com duração de seis meses, podendo ser prorrogado, conforme for o caso. Então as famílias, a partir de agora, já estão atrás escolhendo os imóveis nos locais, nos bairros, que forem melhor para a família e já leva a documentação na assistência social que analisa e dá andamento no aluguel para quanto antes essas famílias já estarem montando as suas casas novamente”, disse a secretária de Assistência Social de Alfenas, Larissa Alves da Silva Vilela.
Em nota, a Copasa disse que uma perícia técnica vai avaliar se há relação entre o vazamento, que foi resolvido na última terça-feira e as rachaduras. Se for confirmado, a companhia vai tomar todas as medidas para resolver o problema.
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