A comissão eleitoral da OAB/SC indeferiu, nesta terça-feira (12), a inscrição da Chapa 2 – Basta, liderada pelo advogado Rodrigo Curi, que tem como vice, Admar Gonzaga Neto, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral e advogado da família Bolsonaro, além de Lethicia Ferreira, que busca a presidência da Caasc (Caixa de Assistência dos Advogados de Santa Catarina).
O indeferimento foi motivado pelo não cumprimento da cota mínima de 30% de advogados negros. Com essa decisão, por enquanto, a disputa pela presidência da OAB/SC ficará entre dois candidatos: Juliano Mandelli, representante da situação, e Vivian De Gann, candidata da oposição.
Apoio de Bolsonaro e deputados
O candidato Rodrigo Curi classificou a decisão como antidemocrática, destacando a necessidade de respeitar o voto dos advogados catarinenses. O advogado atribuiu uma perseguição a sua candidatura, especialmente após o ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos deputados de direita declararem apoio ao seu grupo.
Curi afirmou que a exclusão de sua candidatura configura uma tentativa de “derrubar no tapetão” uma candidatura com chances reais de sucesso eleitoral. “Uma vergonha, um absurdo, eles têm medo de perder no voto. Precisamos fazer valer a democracia”, protestou.
A disputa eleitoral na OAB/SC ganha ainda mais complexidade com o peso dos apoios políticos. Mandelli conta com o suporte de Rafael Horn, vice-presidente do Conselho Federal da OAB.
Já Vivian De Gann recebe o apoio do ex-presidente da seccional Tullo Cavallazzi Filho, que tem mobilizado importantes colégios eleitorais do estado, como Blumenau, Joinville e Criciúma.
Essas alianças mostram um cenário polarizado, onde a política interna da OAB/SC reflete disputas mais amplas. Enquanto a decisão da comissão eleitoral reduz o número de candidaturas, a controvérsia em torno da exclusão da Chapa 2 deverá alimentar o debate sobre as eleições marcadas para o dia 22 deste mês.