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Projeto de educação criativa da Amazônia será apresentado em Lisboa; conheça iniciativa à base de ‘Miriti’


Startup paraense MiritiLab representa o Brasil e o estado do Pará em evento internacional com produtos educativos feitos de miriti, o ‘isopor da Amazônia’. MiritiLab: Projeto de educação criativa da Amazônia será apresentado em Lisboa
Divulgação
A cidade de Lisboa, em Portugal, será palco entre 9 a 16 de novembro da apresentação dos Kits Educacionais MiritiLab, uma iniciativa do projeto social “Espaço de Aprendizagem Criativa Ação Parceiros”, criada em Santa Bárbara do Pará, no nordeste do estado.
O fundador e coordenador da startup paraense, Raimundo Xavier, marcará presença no evento, levando à capital portuguesa o projeto da comunidade, que traz a proposta de uma educação prática e criativa que tem como base o miriti, material vegetal local.
A MiritiLab é uma edutech de impacto social que se especializou no uso do miriti, um material leve e biodegradável conhecido como “isopor da Amazônia”, para criação de kits educacionais.
Esses kits incentivam o aprendizado por meio de experiências lúdicas e interativas, com uma filosofia baseada na metodologia de “aprender fazendo e brincando”, uma abordagem que foi reconhecida e certificada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e pela Fundação Scratch, também ligada ao MIT.
O potencial do miriti para a educação criativa
Kits Educacionais MiritiLab
Divulgação
Os Kits Educacionais MiritiLab foram produzidos dentro do Espaço de Aprendizagem Criativa – local onde crianças, jovens e adultos da comunidade participam do processo de desenvolvimento.
Raimundo Xavier conta que o projeto começou de maneira despretensiosa, nas ruas, com crianças da comunidade: “Começamos em 2003, fazendo carrinhos e soltando balões, e aos poucos percebemos que isso envolvia um processo significativo de ensino-aprendizagem, envolvendo pessoas de todas as idades”, contou.
Com o tempo, a startup evoluiu impulsionada pela sua participação em programas de formação e desafios criativos, como o Creative Learning Challenge da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa, ligado ao MIT, e a Expo Favela Innovation, em São Paulo.
A MiritiLab se destacou, ficando entre os dez melhores projetos na Expo Favela realizado em Belém, e foi uma das selecionadas pela ApexBrasil, para representar o Brasil em eventos internacionais.
Impacto social e conexão com a natureza
Projeto em atuação em Santa Bárbara do Pará
Divulgação
Para Xavier, levar o nome do Pará e o potencial do miriti a um evento de tecnologia em Lisboa é motivo de orgulho. “É uma emoção muito grande levar a nossa comunidade e a favela para Portugal”, destacou.
O empreendedor acredita que o miriti não é apenas uma matéria-prima inovadora, mas um material de baixo custo e grande impacto social e ambiental, o que torna o projeto alinhado com os pilares da sustentabilidade.
A produção dos kits envolve o trabalho de artesãos locais, e Xavier enfatiza que o objetivo da startup vai além do lucro: “É um produto de empreendedorismo social, com foco no impacto que traz para a educação e para a comunidade.”
O processo criativo da MiritiLab parte da análise das necessidades educacionais da comunidade e passa por diversas etapas, desde a fase de protótipo até a produção final dos kits, que são comercializados para escolas, universidades e famílias interessadas em estimular o aprendizado criativo.
Educação para transformar realidades
Kits Educacionais MiritiLab
Divulgação
Xavier acredita que projetos de educação inovadora e acessível, como o da MiritiLab, podem ser ferramentas poderosas para transformar vidas.
Segundo ele, iniciativas que levam materiais pedagógicos criativos e relevantes para o ambiente escolar tornam o aprendizado mais atraente e significativo, contribuindo para a diminuição das desigualdades sociais e promovendo um futuro mais inclusivo para o Brasil.
O evento em Lisboa será uma oportunidade de internacionalizar essa metodologia e expandir as redes de conexão da MiritiLab.
Além de apresentar os kits educacionais, Xavier espera trazer mais visibilidade para a realidade da educação na Amazônia e para a importância de projetos que respeitam a cultura e a biodiversidade locais.
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