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Exportações brasileiras de café batem recorde em 2024


De janeiro até outubro, exportações do grão cresceram 54%, chegando a quase US$ 9 bilhões. Exportações brasileiras de café batem recorde em 2024
Reprodução/TV Globo
Antes mesmo do ano encerrar, as exportações brasileiras de café já bateram recorde.
É uma onda nova em uma cultura de tradições milenares. Mas não tem movimento que seja pequeno na China.
“É um fenômeno que já esperávamos há tempos, o aumento do consumo de café na China, e parece que agora ele começa a acontecer de forma mais consistente. E precisamos, como nação, como produtores, resolver alguns desafios, apertar alguns parafusos para que consigamos evoluir de forma competitiva e aproveitar essa grande oportunidade que temos para nossa cafeicultura e, consequentemente, continuarmos gerando prosperidade para as comunidades onde os cafés são produzidos”, afirma Fabrício Andrade, produtor de café e diretor da Sancoffee.
Não teve competidor à altura do Brasil em 2024. As exportações de café cresceram 54%, chegando a quase US$ 9 bilhões de janeiro até outubro. A China ainda não está entre os nossos maiores compradores, mas o volume de café exportado para lá mais que triplicou em 2023.
“Ainda se comparado a, por exemplo, países como o Brasil, a média de consumo per capita ainda é muito baixa. Mas é um país de 1,4 bilhão”, diz Sueme Mori, diretora de Relações Internacionais da CNA.
Lá, o café brasileiro tem cheiro de estilo de vida ocidental. É servido gelado, batido com leite, como ingrediente exótico na sobremesa e até com planta medicinal. Seja como for, se o café passou a “falar mandarim” nas rodas de jovens chineses, fica a promessa de crescimento de um gigantesco mercado.
China entra entre maiores compradores de café do Brasil
Reprodução/TV Globo
Mas o que explica a alta nas exportações em 2024 não é a mudança cultural na China, é a chuva.
“No começo do ano, a gente teve um problema climático no Vietnã, com uma seca bastante extrema que afetou muito a produtividade e a capacidade de colheita deles, fazendo com que saísse do mercado uma oferta relevante de café. Quem ocupou esse espaço foi o Brasil, por ser um grande produtor, grande exportador, e que teve ainda o benefício de uma depreciação do câmbio, que favoreceu um pouco mais essa aceleração das exportações brasileiras”, explica André Diz, professor de economia do Ibmec SP.
Exportações brasileiras de café batem recorde em 2024
Reprodução/TV Globo
O clima explica muita coisa nos mercados globais. Ainda mais agora.
“Dessa vez, a seca chegou ao Vietnã e afetou produtores de lá, gerando de uma certa forma benefício para os produtores brasileiros. Mas nada garante que isso não possa acontecer com a gente, dada essa questão climática cada vez mais incerta e arriscada. Então, com certeza, ninguém está seguro desse tipo de efeito”, completa professor de economia do Ibmec SP.
Exportações brasileiras de café batem recorde em 2024
Reprodução/TV Globo
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