Após começar a compartilhar o progresso de uma doença rara chamada gigantomastia, Thaynara Marcondes, de 21 anos, conseguiu arrecadar o valor necessário para retirar o excesso de seios e perdeu 10 kg de mamas.
Jovem com gigantomastia tinha problemas de autoestima – Foto: Reprodução/TikTok/ND
A jovem é professora e mora em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). Em seu perfil no TikTok, ela compartilhou com os seguidores que os seios começaram a crescer em um ritmo acelerado e anormal a partir de janeiro de 2024.
Thaynara relatou que sempre teve o corpo em uma estatura mediana e quando os seios começaram a crescer, achou que era normal. Até que em maio, no Dia das Mães, uma tia a aconselhou a procurar um médico.
“Saía na rua e todo mundo começou a ficar me olhando, apontando pra mim. Fui no parque aquático e me filmaram, tentaram disfarçar, mas eu vi. Me senti um ET, a autoestima lá embaixo”, disse Thaynara.
Ela buscou atendimento médico no posto de saúde do bairro onde mora e o profissional a encaminhou para um mastologista, um especialista em saúde das mamas.
“No começo, o médico falou que poderia ser câncer e eu tomei um susto, mas graças a Deus não era”, afirmou. Após uma série de exames, a jovem foi diagnosticada com gigantomastia.
Thaynara mostrou em vídeo antes e depois da mastectomia – Foto: Reprodução/TikTok/ND
Seus seios cresceram cerca de 750 gramas por mês e alcançaram os 12 kg.
Os vídeos de Thaynara alcançaram milhões de visualizações no TikTok e ela abriu uma vaquinha para conseguir pagar uma mastectomia. Uma equipe de reportagem do SBT de Curitiba divulgou a história e ela conseguiu arrecadar o valor necessário.
No dia 25 de outubro, após 9h de procedimento, ela deixou o centro cirúrgico com 5 kg a menos em cada mama.
“Tô sentindo um alívio, andando posturada. Era uma coisa que estava acabando com minha coluna, minha autoestima estava abalada. Agora, estou vendo a diferença”, compartilhou.
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O que é gigantomastia?
Como explica o cirurgião plástico, Bruno Onishi, o termo gigantomastia é utilizado para definir as hipertrofias mamárias gigantes, que ultrapassam o tamanho convencional.
Este excesso de mamas pode ser classificado em quatro graus (pequeno, moderado, grande e a gigantomastia), que variam de acordo com o tamanho e o peso dos seios.
Em algumas situações, outras doenças podem ser desenvolvidas a partir da condição: problemas na coluna, hérnias, baixa autoestima e até depressão.
Segundo a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), pacientes com excesso de mamas após os 35 anos podem ter sérios problemas na coluna.
Nesses casos, a cirurgia plástica de redução das mamas é a melhor indicação como tratamento. Mulheres de todas as idades podem passar pelo procedimento, inclusive adolescentes.
