Entre as vítimas, estão duas moradoras de Águas Lindas de Goiás, que, juntas, perderam cerca de R$ 20 mil. Um suspeito foi preso em Cuiabá (MT). Dinheiro ostentado nas redes sociais fruto de golpes
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil prendeu, em Cuiabá (MT), um homem suspeito de participar de um grupo criminoso que movimentou cerca de R$ 3 milhões com o chamado ‘golpe do intermediário’; entenda abaixo como a fraude era aplicada. Entre as vítimas, estão duas moradoras de Águas Lindas de Goiás, que, juntas, perderam cerca de R$ 20 mil.
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Como o nome do suspeito não foi divulgado, o g1 não conseguiu localizar a defesa dele até a última atualização desta reportagem.
O delegado João Carlos de Freitas Júnior explicou que os golpes eram aplicados da seguinte forma: os suspeitos duplicam anúncios de carros na internet, fazendo com que os interessados em comprar o veículo se enganem, e paguem o valor para o grupo ao invés do verdadeiro proprietário.
“O grupo vai à plataforma digital, vê o anúncio verdadeiro e duplica esse anúncio. Fazem um anúncio igualzinho mas com os dados de contato do grupo. E aí ele entra em contato com o anunciante verdadeiro, fala pode tirar o anúncio porque vai querer ficar com o carro (mas, no final das contas não compra). O anunciante retira o anúncio verdadeiro e aí fica só o falso”, diz o delegado.
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As moradoras de Águas Lindas de Goiás caíram no golpe em julho de 2023 e janeiro de 2024. A polícia suspeita que outras pessoas também tenham sido vítimas em outros lugares do país.
Prisão do suspeito
Operação policial prende homem suspeito de ostentar dinheiro de golpe nas redes sociais
Divulgação/Polícia Civil
Uma operação realizada nesta quarta-feira (6), com apoio das Polícias Civis do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, cumpriu um mandado de prisão preventiva e sete buscas domiciliares contra supostos membros do grupo criminoso.
Além do mandado de prisão em Cuiabá (MT), foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Sinop (MT), Várzea Grande (MT), Primavera do Leste (MT) e Coxim (MS).
De acordo com o delegado, dez pessoas foram qualificadas na investigação como suspeitos. Eles teriam entrado em contato com as vítimas e também movimentado os valores obtidos ilicitamente. O suspeito preso ostentava o dinheiro dos golpes nas redes sociais.
O grupo pode responder pelo crime de estelionato qualificado, pela fraude virtual. A pena pode chegar a até oito anos de prisão.
Agora, as investigações seguem com a análise dos objetos que foram apreendidos durante a operação, como celulares e cartões bancários.
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