Chegou ao fim um ciclo, justamente o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco. Esse fim de deu com o julgamento e condenação de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz pelo crime que tirou a vida da vereadora.
É possível afirmar não se tratar apenas de um julgamento, eis que muitos aspectos se intercruzaram aí. Num momento inicial, houve uma disputa de versões, algumas ligando a própria vereadora ao tráfico e ao crime organizado no Rio de Janeiro. Outras, ligavam Marielle à milícia, de modo conivente ou não.
Mandantes
No final, ficou claro ter sido um crime com envolvimento direto da política — os irmãos Brazão serão julgados por terem sido, em tese, mentores e mandantes do crime — e também, mais indiretamente, da milícia.
A vereadora acabou sendo morta por uma questão muito mais pragmática e financeira do que ideológica: um loteamento clandestino. Ao se colocar firmemente contra a confecção de tão loteamento, Marielle atraiu para si a ira dos irmãos Brazão, donos do empreendimento imobiliário, que trataram de encomendar a sua morte. Essa é a versão corrente, muito embora ainda penda de julgamento a parte referente à “quem mandou matar Marielle”.
O crime, por fim, por certo fecha um ciclo de dor, perda, sofrimento e saudade para a família da vereadora morta. E não nos esqueçamos que Anderson Nunes, motorista de Franco, também morto na mesma ocasião, sequer sabia dos riscos envolvidos em sua atividade. Era apenas o motorista. E foi morto mesmo assim.
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