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Eleições nos EUA: entenda por que bitcoin dispara e atinge recorde histórico com vitória de Donald Trump


Trump é um defensor mais ferrenho das criptomoedas do que Harris e investidores esperam que o político adote medidas que favoreçam esse mercado durante seu mandato. Donald Trump participou da conferência Bitcoin 2024, em Nashville.
Reuters
O bitcoin, criptomoeda mais popular do mundo, dispara nesta quarta-feira (6) e renova seu maior patamar histórico, sendo negociado próximo dos US$ 74 mil, com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Às 08h, o bitcoin registrava alta de cerca 6,50% e era vendido a US$ 73.863. Na máxima do dia, a moeda subiu 8,63%, ultrapassando os US$ 75 mil. No Brasil, a alta da criptomoeda era ainda mais expressiva, de mais de 11%, vendida a quase R$ 443 mil.
O efeito da vitória do candidato republicano sobre a democrata Kamala Harris também impulsiona outras criptomoedas pelo mundo, como o Ethereum, a Solana e a BNB, alguns dos principais criptoativos da atualidade.
Isso porque Trump é um defensor mais ferrenho das criptomoedas do que Harris e investidores esperam que o político adote medidas que favoreçam esse mercado durante seu mandato.
No fim de julho deste ano, durante sua campanha eleitoral, Trump participou da conferência Bitcoin 2024 e disse aos participantes do evento que eles seriam “muito felizes” com uma eventual vitória sua.
“Se a criptografia vai definir o futuro, quero que seja extraída, cunhada e fabricada nos Estados Unidos”, disse o republicano.
Essa postura favorável às criptomoedas foi uma mudança nos discursos de Trump. Há alguns anos, ele se manifestava publicamente contra esse tipo de ativo.
Em um post no X (antigo Twitter) em 2019, Trump afirmou que não era “fã” do bitcoin e de outras criptomoedas, dizendo que esses ativos “não são dinheiro e cujo valor é altamente volátil e baseado no ar”.
“Ativos criptográficos não regulamentados podem facilitar comportamento ilegal, incluindo comércio de drogas e outras atividades ilegais”, disse o republicano à época.
A mudança de postura, segundo especialistas ouvidos em reportagem do g1, é consequência de uma mudança do perfil do eleitorado norte-americano, que tem cada vez mais criptomoedas.
Dólar também avança pelo mundo
Além da disparada do bitcoin, o dólar também avança sobre outras moedas no mundo inteiro nesta quarta, também consequência da eleição de Trump.
As promessas de Trump sobre tarifas e imigração são vistas como inflacionárias por analistas, porque devem aumentar os preços dos produtos dentro do país.
Isso deve contribuir para uma postura mais restritiva do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que pode manter as taxas de juros do país em um patamar mais elevado, aumentando o rendimento dos títulos públicos do país — as Treasuries, que são consideradas os ativos mais seguros do mundo —, o que é favorável para o dólar.
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