Kimberlly Braun, natural de Sorocaba, no interior de SP, vive nos Estados Unidos há nove anos, mas só se tornou cidadã americana recentemente. Brasileira Kimberlly Braun vive experiência de votar pela primeira vez nos EUA
Arquivo pessoal
Nove anos após ter se mudado para os Estados Unidos, a brasileira Kimberlly Braun teve a chance de participar da eleição americana pela primeira vez na terça-feira (5). A gerente de escritório, de 29 anos, votou no seu candidato a presidente pessoalmente, em uma escola que fica a cinco minutos de casa, em Long Island, New York.
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Natural de Sorocaba, no interior de São Paulo, Kimberlly viajou para o país norte-americano em 2015 com a intenção de aprimorar o inglês e voltar para casa um ano depois. No entanto, acabou conhecendo o futuro marido nos EUA e decidiu ficar por mais tempo – hoje, os dois estão casados há seis anos.
Para poder votar nas eleições deste ano, a gerente de escritório precisou se tornar cidadã do país. O processo, feito por meio do casamento com um americano, foi longo. “Você precisa estar casada por pelo menos três anos antes de aplicar para a cidadania. E o processo de cidadania demora uns dois anos”, explica.
Acompanhe a apuração da eleição americana em tempo real
Kimberlly e o marido moram em Long Island, New York
Arquivo pessoal
Embora tenha demorado, a experiência de votar pela primeira vez nos Estados Unidos foi “surreal” para a brasileira. Isso porque, no estado onde ela mora com o marido, New York, a votação é feita em cédula de papel. Dias antes do processo, Kimberlly recebeu uma carta pelo correio indicando o local onde ela deveria votar na terça-feira.
“A experiência foi bem tranquila, porém, surreal em comparação ao Brasil. Foi muito estranho e confuso para mim. Não havia filas, o processo em si foi muito rápido. O estranhamento foi por ter sido em papel e porque você não precisa mostrar seu documento de identidade, apenas falar seu nome completo e data de nascimento, e a pessoa confirma no sistema em um tablet”, relata.
Eleição nos Estados Unidos
AP Foto/Bryon Houlgrave
Ao contrário do que é visto a cada dois anos no Brasil, Kimberlly também não encontrou milhares de panfletos de papel (os “santinhos”) espalhados pelas ruas e calçadas no dia da votação em Long Island.
“É tudo muito limpo e organizado. Também não vi ninguém com bandeiras em seus carros ou fazendo algum tipo de ‘propaganda política'”, conta.
Nos EUA, o voto é facultativo para americanos com 18 anos ou mais. Mesmo assim, Kimberlly fez questão de exercer o seu direito como cidadã americana. “Eu acho muito importante, pois votar é uma chance de escolher quem vai defender o que a gente acredita e ajudar a fazer a diferença no nosso dia a dia”, completa.
Sistema de votação americano
Trump e Kamala disputam o cargo de próximo presidente dos Estados Unidos
AP Photos
O republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris disputam o cargo de próximo presidente dos Estados Unidos. O vencedor assumirá o cargo no dia 20 de janeiro de 2025, mas a expectativa é que os resultados sejam divulgados somente alguns dias após a eleição de terça-feira.
Como boa parte dos estados norte-americanos adota votações em cédulas de papel, a apuração costuma ser complexa e demorada. Além disso, o pleito tem apenas um turno, mesmo que nenhum dos candidatos obtenha mais de 50% dos votos.
O presidente dos EUA não é eleito diretamente pelo voto da população. Quem o elege é, na verdade, um Colégio Eleitoral, formado por 538 delegados. Na prática, porém, o Colégio Eleitoral apenas valida a escolha dos milhões de eleitores.
Como funcionam as eleições nos Estados Unidos
Arte/g1
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