Três pessoas foram presas durante uma operação contra a caça clandestina no Parque Nacional da Serra do Itajaí, deflagrada pela Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina e Polícia Federal na manhã desta terça-feira (5).
Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Joinville, nas casas dos investigados em Blumenau, Guabiruba, Indaial e Rio dos Cedros.
Os três investigados presos foram detidos por porte ilegal de arma de fogo, na cidade de Guabiruba.
Em entrevista para a NDTV, a delegada de Polícia Federal, Anelise Wollinger Koerich, explicou que essa foi uma das maiores operações realizadas no estado.
Ao todo, foram apreendidas 15 armas de fogo, mais de 1 mil munições e carcaças de animais abatidos que serão submetidos à exame de DNA para identificação da espécie.
Foi identificado ainda que os grupos criminosos praticavam o crime em diferentes horários do dia e abatiam animais silvestres, como veados, quatis, catetos, pacas, cutias, aves, tatus e macacos.
Grupos praticavam espécie de turismo de caça
Em entrevista ao vivo realizada no Tribuna do Povo da NDTV, o capitão da Polícia Militar Ambiental, Savitraz, explicou que os investigados praticavam uma espécie de turismo da prática criminosa, já que se prevaleciam das propriedades em torno do parque.
“As pessoas envolvidas nessa operação se prevalecem das propriedades em torno do parque justamente para esse tipo de delito, executando ali um tipo de turismo de caça. Eles alcançam não somente pessoas que moram ali em torno, mas também de fora, que vem até o local somente para a prática do crime de caça”.
O capitação enfatizou ainda que na região só é permitida a caça de javalis, mas de forma regrada. “Tudo o que você encontrar além disso, é caça ilegal. Nenhum animal da espécie silvestre pode ser abatido, tirado da natureza, isso tudo é crime ambiental”, comentou.
A operação denominada “Pelznickel” – inspirado em uma lenda folclórica de Guabiruba – mobilizou 59 policiais militares ambientais e 55 policiais federais.
A ação é resultado de uma investigação iniciada em novembro de 2023 pela Polícia Militar Ambiental, que identificou diversos indivíduos praticando o crime ambiental no parque federal. As investigações continuam para identificar outros envolvidos.