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Nem amor, nem amizade: ciência desvenda por que nos beijamos na boca

A origem do beijo, um gesto que simboliza afeto e vínculo social há milênios, pode estar ligada a uma prática bastante comum entre os primatas para quando nos beijamos na boca.

Segundo um estudo da Universidade de Warwick quando nos beijamos na boca expressar o afeto entre humanos tem raízes evolutivas semelhantes a certos rituais realizados entre chimpanzés e bonobos.

São comportamentos que, quando observados, tinham o objetivo de manter a coesão social em seus grupos.

na foto aparece um casal apaixonado que indica porque beijamos na boca em um relacionamento

Homem e mulher se beijam na boca apaixonados – Foto: Pixabay

A pesquisa realizada pela Universidade de Warwick (Reino Unido) e liderada pelo Dr. Adriano R. Lameira, relaciona o ato de nos beijarmos na boca com o gesto de se arrumar dos macacos, que não tem apenas uma função higiênica.

Ao final dessas interações, foi observado que um gesto que pode lembrar o beijo, no qual os primatas colocam os lábios no corpo um do outro e realizam uma leve sucção.

Esse comportamento é conhecido como “hipótese do beijo final do tratador” ou “hipótese do beijo do cabeleireiro”, e parece ter sido um precursor do beijo em nossa espécie.

Por que beijamos na boca?

Apesar de sua aparente universalidade o beijo como sinal de afeto não é comum em todas as partes do mundo. De acordo com um estudo de 2015 que analisou 168 culturas, apenas 46% delas praticam o beijo em um contexto romântico.

na foto aparece homem e mulher com beijo e porquê beijamos na boca

Homem e mulher mostram o porquê beijamos na boca – Foto: Pixabay

Existe ainda a hipótese que o beijo mútuo boca a boca em humanos tenha derivado de tais comportamentos de higiene em grandes macacos. À medida que perdemos nossos pelos, a necessidade de realizar realizar essa tarefa higiênica tornou-se menos relevante

Devido à alta sensibilidade que temos em nossos lábios e boca, o ato de beijar teria sido preservado pelos efeitos prazerosos que gera, tornando-se assim uma prática recorrente nos laços humanos.

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