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Com tratamento pela metade, mulheres com câncer de mama relatam demora no atendimento em Sorocaba


Rosana Mota e Denise Siqueira são duas das mulheres que têm sofrido com a falta de tratamento em Sorocaba (SP). Segundo a SES, doença das pacientes não teve melhora nos sintomas nas últimas consultas. Mulheres com câncer denunciam demora no atendimento em Sorocaba
Mulheres que fazem tratamento contra o câncer de mama têm enfrentando dificuldades com o sistema público de saúde de Sorocaba (SP).
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Devido às intensas dores, as noites têm sido difíceis para a paciente Rosana Mota. Em tratamento há dois anos, ela conta que o nódulo, que tinha três centímetros, triplicou de tamanho.
“Logo que descobri, passei no posto. Fui encaminhada para mamografia e, em seguida, ao hospital Leonor Mendes de Barros. Lá, pediram biópsia e demorou desde o começo. Percebi o nódulo em agosto e fiz o exame em novembro. Tive que pagar para fazer em outro lugar pois, lá, a demora era muito grande e a pressa de tratamento era minha.”
Rosana precisa de uma nova cirurgia
Reprodução/TV TEM
A mulher passou por quimioterapia e cirurgia mas, recentemente, voltou a precisar de um novo procedimento. No entanto, ela não consegue um retorno com os médicos necessários para novos exames e está sem atendimento desde julho.
“A médica marcou meu retorno para 20 de janeiro, para poder marcar outra cirurgia. Tenho sentido muitas dores. Está inchado, tenho pedido com anestesista, pedido de eletrocardiograma. Segundo a médica, há mais de 400 pessoas na fila de espera para a cirurgia, e nós temos pressa”, conta.
Denise Siqueira também passa pela mesma situação de Rosana. Ela foi diagnosticada com câncer de mama no estágio três. A paciente passou por cirurgia em novembro de 2023 e, desde julho, aguarda por uma consulta com oncologista.
“Tive que fazer a mastectomia, a quimioterapia, a radioterapia e, agora, não consigo fazer os exames de rastreamento. Vou ao [Hospital] Regional e ao Leonor e eles dizem que precisa marcar uma consulta para marcar os exames. Porém, não consigo nenhum dos dois”, revela.
Denise não consegue mais realizar o acompanhamento da doença
Reprodução/TV TEM
“Depois da minha cirurgia, nunca mais fiz nenhum tipo de exame. Não sei como é que as coisas estão. Fico com medo de ver depois de tudo que já passei. Queria estar fazendo um acompanhamento correto”, lamenta.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que mais de 300 pacientes foram encaminhados aos setores de oncologia ou mastologia em Sorocaba, durante o ano de 2023. Já neste ano, foram 161 pacientes.
A SES também afirma que acompanha as duas pacientes e que, de acordo com os últimos retornos, não foram constatadas diminuições na doença e, durante cinco anos, devem tomar as medicações prescritas pelos especialistas.
Ainda segundo a nota, as ocorrências de maior gravidade podem ser encaminhadas ao Pronto Socorro das unidades hospitalares de Sorocaba e que entrarão em contato com as mulheres para entender o caso e detalhar a questão da ausência de exames.
Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), também conhecido como Hospital Regional
Beatriz Jarins/TV TEM
Lei dos 60 dias
Uma lei federal estabelece um prazo de até 60 dias para que pacientes com câncer recebam o primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o mastologista André Rozas, 60% dos casos diagnosticados são em estágio avançado. “Pode ser uma quimioterapia, cirurgia, radioterapia, o que for. O prazo pode ser até diminuído de acordo com o caso. As pacientes que possuem dificuldade no acesso devem procurar a secretaria municipal, para que tenha uma solução”, pontua.
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