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Corpo do cantor Agnaldo Rayol é velado na Alesp nesta terça-feira, em cerimônia aberta ao público


O velório acontece das 8h às 14h, no Hall Monumental da Alesp. Sepultamento será restrito apenas à família. Cantor morreu nesta segunda (4), após uma queda em casa, segundo a família. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu. O carioca Agnaldo Rayol (1938 – 2024) sai de cena aos 96 anos na cidade de São Paulo (SP)
Divulgação
O corpo do cantor Aguinaldo Rayol, de 86 anos, está sendo velado na manhã desta terça-feira (05) no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
O velório inicialmente começaria às 06h, mas foi adiado para às 08h, em virtude de um evento que aconteceu na Casa Legislativa na noite anterior.
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Segundo a Polícia Militar da Alesp, a partir das 08h os portões serão abertos para que os fãs e amigos possam prestar as últimas homenagens ao cantor, que faleceu nesta segunda (4), em decorrência de ferimentos ocorridos após uma queda no banheiro do apartamento em que morava em Santana, na Zona Norte da capital paulista.
O velório segue aberto para os fãs até às 14h e depois o corpo será enterrado às 16h, no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, em cerimônia restrita à família.
Queda no banheiro
Veja momentos marcantes da carreira de Agnaldo Rayol
O cantor Agnaldo Rayol morreu nesta segunda-feira (4), aos 86 anos, em São Paulo. A morte, segundo a família, foi causada por uma queda no apartamento dele na madrugada.
Segundo a assessoria do cantor, Rayol caiu no banheiro e bateu a cabeça, onde teve um grande corte. Ele morava em Santana, na Zona Norte da capital.
O artista foi levado para o Hospital HSANP, mas teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
O velório de Agnaldo Rayol será nesta terça (5), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), e será aberto ao público entre as 8h e as 14h.
O artista será enterrado no Cemitério Gethsêmani, localizado no bairro Morumbi, na Zona Sul da capital. O sepultamento será restrito a familiares e amigos.
Cantor lírico de repertório romântico e popular, Agnaldo Rayol ganhou popularidade nos anos 1960. Em mais de 70 anos de carreira, fez sucesso com gravações de músicas em italiano e religiosas. Também atuou em diversas novelas (leia mais abaixo).
A morte foi comunicada em nota enviada à imprensa pelos familiares.
“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do cantor Agnaldo Rayol […]. O artista, que marcou gerações com sua voz inconfundível e presença carismática, faleceu após uma queda em seu apartamento nessa madrugada”, informou a nota.
“Agnaldo Rayol deixa um legado inestimável para a música brasileira, com uma carreira que atravessou décadas e tocou os corações de milhões de fãs. A família agradece as manifestações de carinho e apoio. Informações sobre o velório e cerimônia de despedida serão divulgadas em breve”, diz o texto divulgado pela família.
Casamento
Há mais de 50 anos, Agnaldo Rayol era casado com Maria Gomes. O cantor era discreto em relação ao matrimônio e não tinha o hábito de comentar o assunto em entrevistas.
Segundo a assessoria do artista, Maria sofre de Alzheimer e está bastante debilitada. O casal vivia em uma casa na Zona Norte da capital com uma cuidadora.
Agnaldo Rayol e a esposa Maria
Reprodução/Redes sociais
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Mais de 70 anos de carreira
Nascido no Rio de Janeiro em maio de 1938, Agnaldo Coniglio Rayol tinha mais de 70 anos de carreira e construiu a vida artística com repertório romântico e popular.
Agnaldo Rayol durante show em Piracicaba, interior de São Paulo.
Acervo/Sesc
Neto de italianos da região da Calábria, Rayol tinha uma voz de barítono inesquecível. O auge da carreira dele foi na década de 1960. Naquela época, ele apresentou programas de televisão próprios, como Agnaldo RayoI Show e Corte RayoI Show, ao lado do lendário Renato Corte Real, na TV Record.
Rayol começou a carreira no rádio, mas, além dos trabalhos como apresentador de TV, trabalhou como ator em novelas e no cinema. Ele chegou a protagonizar um filme com seu nome: “Agnaldo, Perigo à Vista”, em 1969.
Carreira como ator
Nas telenovelas, Rayol participou de produções como Mãe (1964), O Caminho das Estrelas (1965) e A Última Testemunha (1968), na TV Excelsior, além de As Pupilas do Senhor Reitor (1970), na TV Record. Nos anos 1980, atuou na novela ‘Os Imigrantes (1981)’, na TV Bandeirantes.
Agnaldo Rayol
Reprodução/Arquivo pessoal
Na TV Globo, Rayol brilhou ao cantar canções italianas temas de novelas, como Mia Gioconda, de O Rei do Gado (1996), e Tormento d’Amore, abertura da novela Terra Nostra (1999), gravada em Londres (Inglaterra, em dueto com a soprano Charlotte Church).
Em 1999, venceu o prêmio “Melhores do Ano”, da TV Globo, na categoria “Melhor Cantor”.
Início da vida artística
Carioca de Bonsucesso, bairro da Zona Norte do Rio, Agnaldo Rayol se mudou ainda na infância para o Rio Grande do Norte.
O cantor Agnaldo Rayol
Estadão Conteúdo
Aos 8 anos de idade, já cantava em rádios locais. Aos 10, gravou seu primeiro filme.
Em 1956, aos dezoito anos, Rayol voltou para o Rio para tentar carreira como cantor. No ano seguinte, foi contratado pela TV Tupi, de São Paulo.
Agnaldo Rayol tinha uma voz de barítono inesquecível
Reprodução/Redes sociais
Primeiro disco gravado em 1958
O primeiro disco veio em seguida, em 1958. E o primeiro sucesso, em 1963, com a música Acorrentados.
Nos anos 1980, outro sucesso na televisão, desta vez na TV Cultura, com o programa Festa Baile. Além das canções em italiano, o cantor ficou muito conhecido pelas interpretações de músicas religiosas.
Elas já faziam parte do repertório do cantor, mas ganharam mais espaço depois que ele apareceu cantando Ave Maria, na novela Rainha Sucata (1990).
Depois disso, o barítono passou a ser chamado para cantar em casamentos de ricos e famosos, e caiu na graça do grande público, cantando canções inesquecíveis como Pai Nosso, Creio em Ti e Panis Angelicus.
Agnaldo Rayol e Ronnie Von
Reprodução/Arquivo pessoal
Queda em casa
A assessoria de imprensa do cantor informou que após queda no banheiro nesta sexta (4), a família ligou cinco vezes para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém a ambulância chegou após cerca de 40 minutos.
Procurada, a Prefeitura de São Paulo lamentou a morte e informou que a Secretaria Municipal da Saúde vai apurar os detalhes do atendimento prestado pelo Samu.
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