Um grupo de cerca de cem pessoas com bicicletas se reuniu no fim da tarde desta terça-feira (29), na Avenida Beira-Mar, em Florianópolis, para protestar contra o aumento de 440% nos atropelamentos de ciclistas na capital neste ano. O estopim foi a morte do advogado Alexandre Sanchez Palma, 57, atropelado por um motorista bêbado enquanto pedalava na SC-401 no último dia 20.
Segundo Rock Waltrick, coordenador do Pedal da Ilha Floripa, que funciona desde 2008, as principais reivindicações são mais blitz ao final de baladas, aumento da fiscalização com drones e que os motoristas respeitem os ciclistas, especialmente nas ciclorrotas.
O grupo se reuniu no trapiche da Beira-Mar, de onde saiu em direção à sede da PMRv (Polícia Militar Rodoviária), localizada na SC-401, próximo ao local onde Alexandre foi atropelado. No caminho, foram-se somando outros ciclistas. Eles foram escoltados pela foram escoltados pela própria PMRv).
Morte de ciclista foi o estopim
No dia 20 de outubro, Alexandre foi atropelado por um motorista bêbado, no acostamento do km 9 da SC-401. Ele não resistiu e morreu após quatro dias internado.
O autor do crime prestou assistência no dia, depôs na Polícia Civil, mas foi liberado, pois Alexandre ainda estava no hospital. O motorista, um jovem de 22 anos, voltava de uma balada, tinha consumido bebida alcoólica e até tentou descansar antes de pegar o volante, mas não foi suficiente.
No mesmo dia, um grupo de amigos treinava na Via Amiga, na avenida Beira-Mar Norte, quando um motorista fez um retorno proibido e atropelou quatro deles. Todos sobreviveram, mas uma das ciclistas fraturou o braço e teve que passar por cirurgia.
Atropelamentos de ciclistas mais que quadruplicaram em um ano na capital
Este ano, conforme levantamento da Amobici (Associação Mobilidade por Bicicleta e Modos Sustentáveis), foram 27 atropelamentos de ciclistas. Um crescimento de 440%, frente aos cinco constatados em 2023.
A SC-401, acesso às praias do Norte da Ilha, é a campeã de ocorrências, com 22 registros desde 2008. Os números, segundo a Amobici, podem ser maiores, pois há casos que não foram notificados e, portanto, não entram nas estatísticas.
*Com informações da NDTV