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Brasileiras dizem ser vítimas de golpe após comprar viagem em grupo de superação pós-término: ‘Fui abandonada no aeroporto’


Moradora de Sorocaba (SP) relatou ter perdido R$ 4,5 mil. Uma das vítimas é uma cadeirante da cidade João Pessoa, na Paraíba. Ela ficou no país sem recursos e foi ajudada por amigos brasileiros. Brasileiros se dizem vítimas de golpe após viagem para a Argentina
Arquivo Pessoal
Brasileiras de várias partes do pais, incluindo Sorocaba (SP), alega que foi sofreu um golpe ao comprar pacotes de viagem para a Argentina. As vítimas foram atraídas por um homem por meio de um grupo de superação pós-separação de relacionamentos. O acusado diz reconhcer os problemas, mas que está sendo vítima de difamação das clientes
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A função do grupo onde as mulheres se conheceram, contam as vítimas, era dar motivação e fazer com que as pessoas se sintam preparadas para seguir em frente após um término. Dentro desse curso, foi apresentado uma pessoa e uma agência de turismo, que oferecia pacotes como forma de também de motivar os participantes.
Os problemas começaram com a efetivação da viagem. Segundo uma das vítimas que conversou com o g1, em alguns casos, eles só souberam do cancelamento já no aeroporto de Buenos Aires. Elas também não sabiam onde iam se hospedar.
Outra vítima quando chegou ao pais sul-americano descobriu que não tinha reservas de hotel, nem como se alimentar. A situação dela era ainda mais preocupante, conta a mulher que é cadeirante e viajava sozinha.
Eles contam ainda que alguns dias antes viagens, a pessoa iria gastar cerca de R$ 2 mil e R$ 2,5 mil. Assim, alegando que os turistas teriam mais comodidade, eles receberam a recomendação de que deveria transferir o valor para o vendedor do pacote, que ele devolveria a quantia na Argentina, já convertido em peso argentino.
“Fiz o PIX de R$ 3 mil para ele e minha irmã fez de R$ 2,5 mil. Chegando no hotel, chamei e disse que não tinha dinheiro e precisava comer. Ele me deu 100 mil pesos, que segundo consta, vale uns R$ 500. E foi com isso que passei a viagem toda. Ele não me deu o dinheiro e todo e toda vez inventava uma desculpa”, conta uma das turistas, que mora em São Paulo.
Além de outros problemas, ela conta também que, em San Martin, eles tiveram que deixar um hotel em que, segundo a pessoa, a reserva havia vencido antes do prazo combinado. Para uma viagem em Bariloche, a pessoa conta que os turistas tiveram que pagar mais R$ 1,6 mil, mas que esse valor já deveria estar no pacote.
Na volta, mais problemas. Eles foram informados de que deveriam pagar mais R$ 3 mil. Segundo ela, a justificativa é de que a companhia aérea havia cancelado e que precisava do depósito para a volta. “Em momento algum ele mandou essas mensagem canceladas. E todo mundo foi ficando nervoso”, conta.
A pessoa contou ainda que recebeu apenas R$ 1,4 mil de pelo menos R$ 4 mil pagos ao vendedor.
Fui abandonada no aeroporto
“Fui abandonada no aeroporto não tive nem traslado do aeroporto para o hotel. A minha viagem seria no mês de agosto. Mas ele cancelou com todos, menos comigo”, relata uma pessoa que se diz vítima da situação. Ela é PCD e conta ainda que ficou no aeroporto, sem saber o que fazer.
“Eu simplesmente fiquei sabendo que tinha sido cancelado e já estava no aeroporto de Buenos Aires Isso porque desde o início deixei claro q tenho comorbidades, sou prioridade, considerada como PCD.”, explica a turista da cidade de João Pessoa.
Ela comprou a viagem com milhas, fora do pacote. O pacote ficou em R$ 4,5 mil. Ela chegou a fazer uma rifa para pagar a viagem. “Era uma viagem que queria fazer há muito tempo. Estava muito entusiasmada. Quando eu cheguei ao aeroporto de Buenos Aires ainda não sabia onde ia ficar.”
“Fiquei em um banquinho lá fora [no aeroporto]. Mandei mensagem e nada de eles responderem. O Ariel me ligou e perguntou: “o que você está fazendo aí? A viagem foi cancelada”. Deu um gelo no meu corpo todo. Minha viagem desmoronou”, conta.
Ela lembra ainda que o responsável pela venda do pacote a colocou em um hotel, mas que o translado até o local foi pago por ela. Ela ainda recebeu um depósito de R$ 1,5 mil. “Tive síndrome do pânico no hotel”, afirma.
Ao voltar ao Brasil, ele contou que está com vários problemas de saúde. “Cheguei doente e desde o dia que voltei, indo e voltando para o hospital”, relata. A turista brasileira disse que precisou de ajuda de um grupo de amigos para sobreviver.
Lesada, enganada e com raiva
Uma moradora de Sorocaba não chegou a viajar, mas também se diz vítima do homem. De acordo com a mulher, ela chegou a comprar o pacote da viagem que seria em julho deste ano. Foram pagos mais de R$ 8 mil. Ela recebeu dele a garantia de receber os valores de volta, com exceção das taxas.
“Ele só fica enrolando e dando desculpas. O cara some e não fala nada. Ele teria de devolver mais de R$ 6 mil. Fora os perrengues que as pessoas passaram lá. Ele não tinha comprado passagem de volta para muitas pessoas. Não tinha passagem para ninguém. Foi um horror.”
Ela fala como se sente com toda a situação. “Lesada, enganada e com raiva. Ainda bem que cancelei a viagem, pois quem foi passou muito perrengue e se sentiram abandonados, Ninguém nunca imaginou que fosse passar por isso, ainda mais pela indicação de um cara que ‘ajuda em relacionamentos’ e que se diz digno de Deus.”
Segundo as vítimas, há pessoas de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Paraíba e Santa Catarina que também caíram no golpe. Elas disseram que ainda irão registrar um boletim de ocorrência.
O que diz o acusado
O g1 procurou Ariel Santos, apontado como vendedor dos pacotes. Ela reconhece que há problemas, mas fala em difamação. “Tem algumas pessoas que já processei por difamação e falsidade. A empresa tem cumprido com os contratos. E devido a tantas difamação tivemos que fechar e cancelar todos as viagens. Já estamos na justiça por esse tema”, iniciou o empresário.
Ele também falou sobre a compra pelo grupo citado pelas brasileiras. “Tem que ver se não são pessoas que viajaram no grupo da fraternidade, eles não são clientes da empresa. Eles são um grupo da fraternidade que sou parte, e foi uma viagem organizada entre amigos, onde dividimos casa, etc… Cada um pagou os seus custos e dividimos coisas. Mas não é uma viagem comercial, nem tem a ver com a empresa de turismo.”
“Todos os contratos foram cumpridos. As reservas nós destinos sempre foram prestadas. Somente ver os contratos, como te falei, todos quem contrataram tiveram os seus serviços. E a partir das difamação tive que cancelar as viagens, essas viagens são as que devo reintegrar. Mas quem viajou tive os contratos cumpridos.”
Ele também foi questionado pelo g1 sobre o fato de ter sido alvo de investigação por desaparecer no Uruguai, estar na condição de morto e reaparecer no Brasil, conforme relatos de turistas e reportagens da imprensa.
“Isso, que foi uma situação difícil para mim faz 15 anos, e que se procuram vão a achar que fui inocentado por essa acusação. Somente que a divulgação disso maliciosamente não está certo. Tem pessoas que só querem me provocar dano, não estão ajudando a resolver a situação. Esse jeito de me difamar está me fechando todas as portas de trabalho, está acabando com a minha família, e acho que não tem motivo para tanta aleivosia”, diz.
Ao ser solicitado sentença sobre a situação, ele afirmou que foi inocentado porque o crime prescreveu.
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