Número é referente aos últimos cinco anos, segundo balanço do IEPTB-SP. Pessoas que não cancelaram protestos seguem com restrições como dificuldade em obter cartão de crédito e fazer financiamentos. Ribeirão Preto tem 52% das dívidas quitadas aguardando cancelamento de protestos
Um balanço do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil em São Paulo (IEPTB-SP) aponta que 91 mil pessoas que pagaram suas dívidas não tiveram cancelamento nos protestos e, por isso, continuam com o ‘nome sujo’ em Ribeirão Preto (SP).
Segundo o instituto, nos últimos cinco anos foram 254,6 mil débitos protestados na cidade, entre eles 134,7 mil pagos, mas que ainda aguardam o cancelamento.
De acordo com o balanço, dessas, 97,5 mil são referentes a débitos com empresas, enquanto 37,2 mil são quitações ainda consideradas pendentes com órgãos públicos.
Os devedores que não cancelaram os protestos após pagarem as dívidas continuam com o nome sujo e, por isso, possuem uma série de restrições como impossibilidade de usar o cheque especial e obter empréstimos.
“Acaba prejudicando o crédito, financiamento, cartão de crédito”, explica Carlos Eduardo Gentil, escrevente em cartório de protestos.
Como saber se está com o nome sujo?
A consulta pode ser feita pela internet, em que é necessário informar o CPF para pessoa física ou CNPJ para pessoa jurídica.
Também é possível emitir o boleto das taxas devidas pelo cancelamento, assim como quitar débitos protestados pelo Estado e pelo município de São Paulo. O serviço fica disponível do primeiro ao 23º dia do mês.
Como limpar o nome?
Após fazer o pagamento da dívida, o cancelamento pode ser feito de forma presencial no cartório de interesse ou pela internet.
“Após esse pagamento [da dívida] com o credor, aguardar, em média uma semana, e vir ao cartório para cancelar o protesto. Tem que pagar as custas do cartório e limpar o nome” , conta Carlos Gentil.
É necessário pagar uma taxa que segue um valor tabelado em todo estado de São Paulo e é proporcional ao valor do protesto.
Em Ribeirão Preto, SP, 91 mil pessoas continuam com nome sujo após pagarem dívidas
Reprodução/EPTV
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