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Entenda como as queimadas na Amazônia chegam a SC e prejudicam qualidade do ar há mais de 1 semana


Chamas percorreram mais de 3 mil quilômetros e chegaram a Santa Catarina. Queimadas em SC: Imagem mostra sol em 16 de agosto e imagem de satélite no dia 23 de agosto
Defesa Civil/SC
Santa Catarina registra a fumaça das queimadas da Amazônia há mais de uma semana. Em nota divulgada em 16 de agosto, a Defesa Civil catarinense já alertava para a situação que piorou a qualidade do ar no estado, além de ter prejudicado a visibilidade das cidades.
Na sexta-feira (23), o órgão emitiu novo comunicado com a imagem de satélite atualizada e mostrando a chegada de novas partículas das chamas, que percorreram mais de 3 mil quilômetros (entenda abaixo).
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🔥 Amazônia Legal registra o maior número de focos de fogo em 19 anos, e se soma com a seca que castiga mais de mil cidades brasileiras. A floresta registrou 63 mil focos de fogo desde janeiro até agora. O número é o maior desde 2014 e pode aumentar. até o fim do mês
Corrente de ar
A chegada da fumaça em Santa Catarina e no sul do Brasil acontece por conta da atuação de um corredor de vento norte-sul. A corrente de vento é a mesma que carrega a umidade da região amazônica, segundo Humberto Barbosa, do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS).
Como agosto é normalmente um mês mais seco, as condições são mais favoráveis para que os poluentes sejam carregados até o estado (veja a imagem abaixo).
“É o que a gente chama de correntes de ventos fortes em altitudes em torno de 5 mil metros, muitas vezes chamado de jato de baixos níveis, que carregam tanto a umidade vinda da Amazônia como essas partículas de incêndio ou de queimadas na Amazônia”, disse Barbosa.
Entenda como as queimadas na Amazônia chegam a SC e prejudicam qualidade do ar há mais de 1 semana
Reprodução/NSC TV
Com a chuva do fim de semana, a expectativa é de que a fumaça diminua de porporção e limpe a atmosfera. Especialistas afirmam, no entanto, que a camada densa de fumaça deve persistir na região Norte, além de Mato Grosso e Bolívia.
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Piora na qualidade do ar
A piora da qualidade do ar acontece há anos e por diversos componetes, mas a fumaça é uma potencializada, segundo Leonardo Hoinaski, engenheiro sanitarista e ambiental. Coordenador do Laboratório de Controle da Qualidade do Ar (LCQAr) da Universidade Federal (UFSC), ele afirma não ser possível precisar o impactado no ar do estado.
Para ele, estudos mais aprofundados são necessários: “Ao longo do ano é muito possível que aconteçam diversos eventos de má qualidade do ar. Esse evento em específico chamou a atenção por conta das queimadas e também pela perda de visibilidade. Mas, em muitas situações, a qualidade do ar é ruim mesmo quando a visibilidade é boa”, disse.
🤔 Por que isso está acontecendo?
🔥 A primeira causa está relacionada à intensidade do fogo. Na Amazônia Legal, foram registrados, só no mês de agosto, mais de 26 mil focos de incêndio. No mesmo período do ano passado, por exemplo, o número era de 14,8 mil.
➡️ O segundo fator é a seca, que serve como ignição para os focos de incêndio, somando-se às queimadas ilegais.
A causa disso é uma consequência do El Niño, que deixou um déficit hídrico com a seca que causou no ano de 2023, e que se soma ao aquecimento do Atlântico, que continua fervendo. Há menos umidade e chuva pelo país.
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Recomendações
Em nota, a Secretaria da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina recomendou à população que beba bastante água e monitore possíveis sintomas de irritação respiratória, como tosse, dificuldade para respirar ou irritação nos olhos.
Os sintomas podem ser mais acentuados em crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas. Em caso de agravamento, é fundamental procurar atendimento médico. Veja outras orientações:
Permanecer em ambientes fechados sempre que possível, especialmente nos horários de pico da fumaça.
Utilizar umidificadores de ar ou toalhas úmidas nos ambientes internos para melhorar a qualidade do ar.
Evitar atividades físicas intensas ao ar livre, que podem agravar problemas respiratórios.
Manter-se informado sobre a qualidade do ar através dos canais oficiais de comunicação do governo.
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