Moradores de diferentes bairros têm procurado o jornalismo da Rede Amazônica para denunciar o surgimento de buracos e até crateras em vias da capital. Cratera na Avenida Maceió
Márcio Melo/Seminf
Manaus tem registrado constantes erosões em ruas e avenidas, o que também requer reparos contínuos. Ao g1, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) informou que executa uma média de 3,7 mil a 4 mil serviços do tipo por mês em vias da capital.
Moradores de diferentes bairros têm procurado o jornalismo da Rede Amazônica para denunciar o surgimento de buracos e até crateras em vias da capital.
Algumas dessas erosões impedem ou dificultam a locomoção da população, como ocorreu nesta semana, quando uma cratera se abriu na Rua Aifa, no Campos Salles, bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus. A via ficou intrafegável para carros, permitindo apenas a passagem de pedestres e veículos de duas rodas.
Cratera em Rua Aifa, no Campos Sales, em Manaus.
Carolina Diniz/Rede Amazônica
Chuvas agravam problemas
Com as fortes chuvas do primeiro trimestre deste ano, os problemas se agravaram. Só em fevereiro, avenidas como Djalma Batista, Torquato Tapajós e Maceió precisaram passar por manutenções após o registro de erosões.
Interdição aconteceu em trecho da Djalma Batista, em Manaus
Semcom
A Avenida Djalma Batista chegou a ficar oito dias interditada para uma obra emergencial feita após um afundamento na pista. Uma das principais vias da capital, a avenida liga bairros das demais zonas ao Centro de Manaus.
Obra na Avenida Djalma Batista, em Manaus
Clóvis Miranda/Semcom
Em 22 de fevereiro, uma cratera se abriu na Avenida Maceió, na Zona Centro-Sul de Manaus. A via passa por uma intervenção estrutural para receber uma nova rede de drenagem no trecho afetado.
Erosão ocorre próximo à ponte Wilson Wolter Filho, na Torquato Tapajós.
Marcelo Moreira/Rede Amazônica
Em 23 de fevereiro, um dia depois, foi a vez da Avenida Torquato Tapajós registrar uma erosão próximo ao Clube Municipal de Manaus, um trecho que já sofreu com outros problemas semelhantes. O local também precisou passar por obra emergencial.
O que diz a Seminf?
Em nota, a Seminf disse que realiza obras de manutenção na cidade, incluindo em locais com tubulações antigas.
A secretaria afirmou, ainda, que atua de forma emergencial “ao primeiro sinal de possível erosão”, citando os reparos feitos recentemente nas avenidas Djalma Batista, Torquato Tapajós e Maceió.
Cratera se abriu após árvore cair em via em Manaus.
Laerte Baraúna/Rede Amazônica
Além das tubulações antigas, a secretaria apontou que o lixo jogado nas vias também obstruem as tubulações e as caixas coletoras, resultando, em muitos casos, em erosões. “Nesses casos, a secretaria afirma que não há como prever”, argumentou a pasta.
A Seminf também atribui os problemas com erosões a ligações irregulares nas redes de drenagem. “Para a realização de obras, também dependemos das variações climáticas”, diz a nota da secretaria.
Avenidas passarão por manutenção em 2023
Manaus conta com 12.614 logradouros públicos — ruas e avenidas — conforme levantamento feito pela Seminf em fevereiro. De acordo com a secretaria, esse dado não inclui condomínios particulares, invasões e ocupações, mas somente as vias públicas cadastradas.
Das mais de 12,6 mil vias da capital, o “Asfaltômetro” contabiliza que 1.961 ruas foram asfaltadas nos últimos três anos. A Secretaria de Infraestrutura afirma que faz uma média de 150 reparos por dia, entre recuperação asfáltica, recapeamento em vias e recuperação e implantação de redes de drenagem.
O “Asfaltômetro” é uma plataforma criada pela prefeitura que contabiliza as vias contempladas com asfaltamento.
Conforme a Seminf, para 2023, ainda estão previstas duas grandes obras de recuperação de rede de drenagem em vias de grande de fluxo de veículos na capital: uma na Avenida Darcy Vargas e outra, na Avenida Umberto Calderaro.
Segundo a Seminf, até o fim da gestão do prefeito David Almeida, que termina em dezembro de 2024, 10 mil vias receberão serviços de recapeamento asfáltico.
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