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Incêndio em abrigo no Recife mata três crianças e uma mulher

Margareth da Silva, de 62 anos, era cuidadora e trabalhava no abrigo Lar Paulo de Tarso há mais de dez anos. Treze feridos estão internados em três hospitais da Região Metropolitana do Recife, alguns em situação grave. Incêndio em abrigo para crianças mata quatro no Recife
O incêndio em um abrigo de crianças e adolescentes do Recife teve quatro mortes. O desespero chamou a atenção dos vizinhos de madrugada.
“Eu fiquei em pânico escutando aquelas vozes gritando ‘socorro, não me deixa morrer não’”, conta a aposentada Dédrana Paes Barreto.
“Me deparei com uma criança na janela, pedindo socorro, só que a janela era gradeada. Cortei a grade, e a partir daí já tinham outros vizinhos que ajudaram a tirar essa criança. Uns entraram na casa também, e a gente foi conseguindo retirar uma boa parte das crianças”, conta um vizinho.
Saiba como fazer doações para abrigo que pegou fogo no Recife; três crianças e cuidadora morreram
Imagens mostram o momento em que as equipes do corpo de bombeiros chegaram ao abrigo para combater o fogo e socorrer as vítimas.
“Nesses 16 anos, está entre as principais das coisas mais horríveis que eu presenciei”, diz um bombeiro.
“Vimos uma cena muito critica no local, algumas crianças desacordadas”, conta uma bombeira.
Três crianças e uma funcionária morreram. Margareth da Silva, de 62 anos, era cuidadora e trabalhava no abrigo Lar Paulo de Tarso há mais de dez anos.
“Nós sempre falamos que a meta do lar é ser cada vez mais um lar que acolhe, e ser cada vez menos o que só abriga. E nós tínhamos eles como filhos do coração”, diz o diretor do Lar Paulo Tarso, Jessiler Carlos.
Treze feridos estão internados em três hospitais da região metropolitana do Recife. Alguns em situação grave.
“São duas condições que têm um tratamento de longo prazo, tanto a queimadura simples da pele, quanto, principalmente, as queimaduras nos pulmões”, explica o diretor médico do Hospital da Restauração Petrus Andrade Lima.
O trabalho da perícia para investigar as causas do incêndio só aconteceu algumas horas depois porque o abrigo estava aquecido, por conta das chamas, e havia riscos de desabamento. Três peritos da Polícia Científica de Pernambuco estiveram no local, fizeram análises e coletaram objetos que podem ajudar nas investigações.
Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco, o abrigo cuidava de crianças de 2 a 11 anos e funcionava com alvará dos bombeiros em dia.
“Elas chegam aqui ou pelo Conselho Tutelar ou pela Vara da Infância e Juventude. Ficam morando conosco até a Justiça decidir o destino delas”, diz Jessiler.
À tarde, alguns vizinhos levaram flores para a frente do abrigo, para homenagear as crianças.
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