Roberto Salum foi indiciado por assédio, importunação sexual e porte ilegal de arma no inquérito que investiga denúncia de uma ex-funcionária. Ele também vai responder por calúnia e difamação. Roberto Salum
Eduardo Guedes/Agência AL, divulgação/Arquivo
O ex-diretor do Procon de Santa Catarina, Roberto Salum, foi indiciado por assédio e importunação sexual, além de porte ilegal de arma, no inquérito que investiga denúncia de uma ex-funcionária do órgão, segundo a Polícia Civil. Em boletim de ocorrência, a vítima relatou ter sido agarrada e beijada sem consentimento pelo então chefe.
Salum também foi indiciado em um segundo inquérito, que corria paralelamente após uma nova denúncia, e apurou a prática de calúnia, difamação, injúria e intimidação sistemática (bullying).
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Conforme a Polícia Civil, as investigações ocorreram com troca de informações entre a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami) e a 1ª Delegacia da Capital, responsáveis pelos respectivos inquéritos, e constaram que o suspeito estava armado, por diversas vezes, “de forma velada e, em outras, de forma ostensiva, sem a devida autorização para o porte”.
O g1 buscou a defesa do ex-diretor nesta sexta-feira, mas não teve retorno até a última atualização do texto. No dia 3 de abril, Salum divulgou um vídeo onde afirmou estar “sendo vítima de represálias depois de ter descoberto um rombo milionário no Procon Estadual”.
A exoneração de Salum foi assinada pelo governador Jorginho Mello (PL) em 30 de março, após a Polícia Civil receber o primeiro relato do crime, feito por uma funcionária do órgão.
Veja detalhes dos inquéritos:
1º inquérito (DPCami): Doze pessoas foram ouvidas. Polícia Civil efetiou diversas diligências investigativas, com elaboração de relatórios técnicos de investigação.
2º inquérito (1ªDP): Além das oitivas, foram juntadas 16 denúncias e reclamações registradas no Sistema de Ouvidoria do Estado de Santa Catarina, “as quais, em síntese, noticiam a prática reiterada de atos de intimidação e pressão psicológicas em desfavor dos servidores do Procon”, informou a Polícia Civil.
Delegada fala sobre nova denúncia de assédio contra diretor do Procon SC
O que diz o Governo de SC
Sobre os relatos, o Estado informou que, ao saber da denúncia de “falta de decoro no exercício da função”, determinou o imediato afastamento do então diretor do Procon-SC.
“O Governador do Estado, ao tomar conhecimento de denúncia cujo conteúdo se refere à falta de decoro no exercício da função pelo Diretor Estadual do PROCON-SC, determinou o imediato afastamento do servidor e pediu a apuração célere dos fatos. O Governo do Estado não pactua com atos atentatórios à moral e aos bons costumes”.
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