Vítima chegou a perder a consciência durante as agressões.Violência doméstica teria começado depois da vítima descobrir que o marido usava drogas. Guarda Civil é suspeito de agredir a mulher grávida
O Guarda Civil Municipal João Paulo Borges Neto, 37, de Goiânia, é suspeito de agredir com socos, chutes e ponta pés a própria esposa, que está grávida. As agressões ocorreram na última quinta-feira (13) e a vítima precisou ser encaminhada ao hospital.
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Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito.
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A vítima, de 24 anos, que preferiu não ser identificada, denuncia que as agressões começaram após descobrir que o Guarda Civil usava drogas. À TV Anhanguera, a vítima relatou os momentos de agressão
“Ele meu deu soco, tapa e ponta pé. Eu desmaiava, ele me acordava e me dava mais socos. Ele me disse que eu não sairia viva dali e que era o meu dia”, disse a esposa.
João Paulo Borges Neto, suspeito de violência doméstica em Goiânia – Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
A vítima de violência doméstica está no primeiro mês de gestação e precisou ser levada ao hospital após as intensas agressões. O casal se relacionava há pouco mais de um ano e segundo a vítima, desde o início do relacionamento, João Paulo usava drogas. A gestante relatou ainda que o suspeito se apresentava para as pessoas como policial e não como Guarda Civil.
A vítima relatou o momento em que inciaram as agressões, após esconder a arma que ele tinha em casa
“Eu escondi a arma dele e a partir daí começou uma sessão de tortura e espancamento. Eu não sei quando minha vida vai voltar ao normal ou quando eu vou superar isso. Eu tinha certeza que eu ia morrer ali. Eu nunca vivi uma situação de pânico e horror como essa” afirmou.
O repórter da TV Anhanguera, Tariq Augusto, apurou que João Paulo Borges Neto estava cedido desde julho de 2020 pela GCM para atuar como segurança particular no gabinete de Lucas Kitão, vereador da capital.
Após conhecimento das denúncias de agressão envolvidas ao suspeito, João Paulo foi exonerado do cargo que exercia para Lucas Kitão e devolvido à Prefeitura de Goiânia.
Em nota, o gabinete do vereador afirmou que não concorda com condutas violentas de seus servidores e que, por esse motivo, o servidor em questão foi exonerado horas depois de cometer os atos de violência doméstica. Afirmou ainda que segue acompanhando o caso até que haja a devida responsabilização.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) emitiu nota informando que o João Paulo estava afastado das funções administrativas e operacionais da corporação desde 2020 e que foi aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apuração dos fatos. A corporação ainda reiterou que repudia veementemente a conduta do agente.
A vítima recebeu atendimento médico e se recupera dos ferimentos causados pelas agressões em casa. Após a alta médica, registrou boletim de ocorrência contra o suspeito.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para obter informações sobre a prisão do suspeito e investigação do caso, mas até a última atualização desta reportagem, não recebemos respostas.
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