Segundo a Defesa Civil do município, edifício localizado no bairro de Rio Doce apresenta “sérios problemas estruturais” e está em “estado de colapso”. Prédio em Rio Doce, Olinda, é desocupado por risco de desabar
Reprodução/TV Globo
Os moradores de um dos blocos do residencial Juscelino Kubitschek, no bairro de Rio Doce, em Olinda, foram removidos do local por risco de desabamento do prédio. Eles contam que começaram a ouvir estalos na estrutura durante a madrugada desta quarta (3).
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A retirada foi conduzida pela Defesa Civil do município. Segundo o órgão, o problema foi identificado numa das duas edificações do Bloco D do conjunto habitacional. Ao todo, 23 dos 24 apartamentos do edifício estavam ocupados.
Segundo informações da Defesa Civil, oito pessoas de três famílias foram encaminhadas para um abrigo em Bairro Novo. Quatro moradores foram levados à Ilha de Itamaracá. Outras pessoas foram para casas de parentes, enquanto o restante não solicitou ajuda do poder público.
O Juscelino Kubitschek é um dos conjuntos formados por prédios tipo caixão que apresentam um risco muito alto de queda na cidade de Olinda.
Foi na cidade que no dia 27 de abril parte do Edifício Leme desabou, deixando seis mortos e cinco feridos. Ao todo, 110 prédios estão interditados, com problemas estruturais e risco de cair.
No caso do residencial Juscelino Kubitschek, são 152 blocos. Uma parte é mantida pela Caixa Seguradora – empresa que também é responsável pelo Edifício Leme – e outra parte está sob responsabilidade da Seguradora Sulamérica (veja mais abaixo).
No bloco desocupado nesta quarta (3), há moradores atendidos pelas duas empresas.
‘Todo mundo entrou em pânico’
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Em entrevista à TV Globo, um dos moradores do edifício, o pedreiro Amaro Silva, disse que ouviu os primeiros estalos após a meia-noite desta quarta (3).
“De repente, todo mundo entrou em pânico e desceu. O pessoal ficou aqui em desespero”, contou Amaro.
O morador disse ainda que, após os estalos, viu rachaduras na escadaria e na lateral das paredes.
“De um canto a outro, você vê que as colunas estão todas ‘estouradas’. Durante o dia, a rachadura só faz aumentar”, relatou.
Caminhões foram disponibilizados para retirar os pertences dos moradores.
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Prédio em ‘estado de colapso’
A Defesa Civil informou que fez uma vistoria no prédio e constatou que o edifício apresenta “graves problemas estruturais” e está em “estado de colapso”.
Ainda de acordo com a Defesa Civil:
⏩ os dois blocos do prédio têm quatro pavimentos, com quatro apartamentos em cada andar;
⏩ o órgão decidiu retirar os moradores, atendendo a uma recomendação da 3ª Promotoria de Defesa da Cidadania de Olinda, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE);
⏩ também determinou a demolição do prédio;
⏩ a prefeitura vai prestar assistência social e jurídica às famílias;
⏩ o município dispõe de três locais para acolhimento de pessoas de todas as faixas etárias que estão em situação de vulnerabilidade;
⏩ a vigilância, a segurança do local, assim como o trabalho de demolição da edificação é de responsabilidade da Seguradora Sulamérica.
O que dizem as seguradoras
Procurada, a Caixa Seguradora informou que, seguindo determinação judicial, paga auxílio-aluguel aos moradores atendidos pela empresa.
A TV Globo procurou a Seguradora Sulamérica, mas, até a publicação da matéria, não obteve resposta.
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