Exames para diagnosticar a dengue podem ser feitos a partir do quinto dia de sintomas, explica médico

Como os sintomas são parecidos com os de outras doenças, antes desse período, médicos especialistas fazem o exame clínico para poder definir tratamento. Já são mais de 800 casos confirmados neste ano. Médico explica como e quando se pode ter um diagnóstico de Dengue
Apesar da incidência em comparação com o ano passado ter diminuído, 870 pessoas tiveram diagnóstico de dengue em 2023 no Tocantins. Como os sintomas são muito parecidos com os de outras doenças, como a gripe, por exemplo, é preciso ter atenção e procurar as unidades de saúde. Mas exames sorológicos só identificam a doença a partir do quinto dia.
De acordo com o médico Alfredo Cavalcante, quando a pessoa começa a passar mal e procura uma unidade de saúde, os profissionais podem receitar um tratamento inicial se tiver febre e outros dois sintomas característicos.
“O médico já formula a suspeita e faz o estadiamento para indicar o tratamento mais adequado, que pode ser feito em casa ou em alguns casos, o tratamento feito dentro do hospital”, afirmou.
Mas pode acontecer de a pessoa ter que voltar para casa e retornar para fazer a testagem, já que os exames são realizados de acordo com o período de evolução do início dos sintomas.
“Até o quinto dia nós temos alguns exames específicos e depois do sexto e sétimo dia temos outros exames. Quando o médico pede para retornar para fazer o exame, é para fazer o sorológico, que é feito a partir do sexto dia. Mas tem exames que o estado e o município oferecem que podem ser feito até o quinto dia”, orientou, alertando ainda sobre importância de saber a evolução da doença, porque se tiver piora no quadro, já tem o diagnóstico.
Mosquito Aedes aegypti transmite a doença ao homem
TV Anhanguera/Reprodução
Para identificação da dengue, o paciente pode apresentar os seguintes sintomas:
Febre alta acima de 38°C
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos
Mal estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
Para que o paciente não confunda com outras doenças e se tome algum medicamento que pode piorar a situação, há remédios que são proibidos caso a pessoa desconfie que está com dengue.
“A dengue tem algumas medicações que são restritas, que a gente não pode usar de forma alguma, porque pode piorar o quadro clínico e até evoluir para uma gravidade que não era esperada no início da doença, como antiinflamatórios, o AAS, que são medicações que deixam o sangue mais ralo. Tudo isso a gente precisa avaliar dentro do consultório para indicar o tratamento. Então a síndrome febril deve ser investigada por um médico”, alertou Alberto.
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Números da doença
O número de casos confirmados entre o dia 1 de janeiro e o inicio de abril reduziu 92%, em comparação com o mesmo período de 2022. De acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES), no ano passado foram 10.830 casos e agora, 870.
Consequentemente, também teve redução nas notificações. Foram 21.590 suspeitas em 2022 e 9.131 neste ano.
Não teve nenhuma morte confirmada em decorrência da doença. Os registros estão em 64 municípios.
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