Joelson Santos da Silva de 21 anos foi condenado por participação no assassinato do jovem Melquesedeque Ferreira Alves, de 23 anos, em 2020. Vítima foi esfaqueada 80 vezes e foi encontrado decapitado. A vítima foi gravada antes de morrer pelo próprio celular
Arquivo pessoal
O jovem Joelson Santos da Silva de 21 anos, conhecido pelo apelido de “Maconha”, foi condenado a 28 anos e oito meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado e organização criminosa ao participar do assassinato do jovem Melquesedeque Ferreira Alves, de 23 anos, em 2020. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (13) e ele é o quinto condenado pelo crime.
O caso ocorreu em março de 2020, na vicinal 34 do município de Rorainópolis, a 260 km da capital. Na ocasião, Melquisedeque Ferreira Alves, de 23 anos, foi encontrado esquartejado, decapitado e com cerca de 80 golpes de faca.
Segundo o Ministério Público de Roraima (MPRR), “Maconha”, na companhia de um adolescente e outros quatro réus, já condenados, foram responsáveis pela morte do jovem por motivo torpe, utilizando meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A Promotoria de Justiça da Comarca de Rorainópolis apontou que os envolvidos faziam parte de uma facção criminosa que também atua no Sul do estado. O réu, durante o julgamento, chegou a tentar intimidar o Promotor de Justiça, encarando-o, o qual foi duramente repreendido.
O Promotor de Justiça, Carlos Paixão, foi o responsável por sustentar a acusação. Segundo ele, mais uma vez a sociedade demonstrou justiça ao condenar com rigor o réu.
“A vítima foi brutalmente assassinada sem chance de defesa. É papel da comunidade e do MP-RR dar uma resposta, principalmente aos familiares”, destacou o Promotor.
Outras condenações
Um auxiliar de açougueiro, de 20 anos, confessou à polícia ter matado Melquesedeque. Ele afirmou também que fez tudo “sozinho”. No depoimento, ele disse que no dia do crime foi até a praça Novo Horizonte, em Rorainópolis, acompanhado de outro jovem, de 18 anos, onde a vítima estava sentada em um banco.
Em seguida, outros quatro participantes do crime chegaram ao local. Segundo ele, o adolescente de 15 anos foi quem apontou Melquesedeque como sendo integrante de uma facção rival.
Ainda no depoimento, o autor disse que foi até a vítima fazer algumas perguntas e que depois decidiu que deveriam submetê-lo ao tribunal do crime.
Conforme a delegada Suébia Cardoso, responsável pelo caso, os criminosos coagiram a vítima e a levaram até uma área de mata onde gravaram todo o interrogatório e a sentenciaram à morte.
À delegada, o autor informou, de forma “fria”, como executou a vítima. Ele disse que primeiramente deu uma paulada nas costas do jovem, que estava sentado com as mão amarradas para trás. Ao cair no chão, ele esfaqueou Melquesedeque no pescoço, costas e barriga.
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