No caso do gás de cozinha, imposto estadual será de R$ 1,25 por quilo. Preço do produto deve passar de R$ 105 para, em média, R$ 108. Preço do gás de cozinha aumenta por conta da alíquota única do ICMS; entenda
Revendedoras e distribuidoras de Campinas (SP) já têm sentido os impactos do aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que entrou em vigor na segunda-feira (1º). Com o reajuste, a estimativa é de que, em todo o estado de São Paulo, o aumento médio seja de R$ 3,62 para o botijão mais comum, de 13 kg.
Antes da mudança, os estados aplicavam um percentual de imposto sobre o diesel e o gás de cozinha. Agora, haverá um valor fixo cobrado por quilo do produto: no caso do gás de cozinha, o imposto estadual será de R$ 1,25 por quilo. O preço dos botijões deve passar de R$ 105 para, em média, R$ 108.
‘Pesou’ no bolso
Em uma distribuidora de Campinas, os botijões de gás passaram por reajuste no preço e estão R$ 5 mais caros nesta terça-feira (2). O proprietário da empresa, Pedro Lovato, explica que a distribuidora possui um estoque pequeno e já está recebendo unidades com o novo valor.
“Hoje a gente já está recebendo com o valor novo e será repassado para o consumidor. Essa pequena diferença se resume também ao aumento dos nossos custos operacionais que temos na distribuição do produto. Mecânica, atualização de frota, salários”, afirma.
O aposentado José Antônio Gaia ficou sabendo do possível aumento no preço do botijão e foi à distribuidora para tentar garantir um preço melhor. Segundo ele, é difícil adaptar a aposentadoria às mudanças do mercado.
“A gente depende da aposentadoria, então recebe a aposentadoria e tem que fazer as compras do mês. Não tem alternativa. As coisas têm que melhorar ou os salários aumentarem”, diz o aposentado.
Botijões de gás em revendedora de Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
Reflexos econômicos
O economista José Augusto Ruas, da Facamp, explica que o ICMS é um imposto estadual que, desde o ano passado, tem sofrido mudanças em relação aos combustíveis. Antes, a alíquota era cobrada propocionalmente, mas agora passa a ser uma tarifa fixa.
“O consumidor vai sentir esse impacto agora, o que obviamente é um prejuízo neste momento. Agora, pensando a longo prazo, o que vai acontecer? Se o botijão subir, na boca da refinaria, porque subiu o preço do petróleo, porque a Petrobras subiu, lá na frente o imposto não aumenta mais. Lá na frente isso pode significar uma estabilidade para o consumidor”, destaca Ruas.
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