Usuários de transporte público da capital temem assaltos nos pontos de ônibus e dentro dos veículos. Passageiros temem assaltos nas paradas e dentro dos ônibus, em São Luís
Os problemas no transporte público em São Luís continuam afetando diariamente a vida dos passageiros. Entre as principais reclamações dos usuários estão os constantes atrasos nos horários dos ônibus, a falta de segurança e a superlotação nos veículos.
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A escassez e os intervalos irregulares entre os ônibus constam como um dos mais graves problemas mencionados por quem depende do transporte público, na capital. Passageiros relatam, com incômodo, a necessidade de esperar, diariamente, por mais de 30 minutos, nos pontos de espera. A situação se agrava em horários de pico, produzindo efeitos em série, já que os atrasos acumulados, ao longo do dia, tornam as viagens ainda mais demoradas e cansativas.
A superlotação é outro problema frequente no transporte público, em São Luís: muitos veículos circulam com lotação acima da capacidade máxima. As viagens se tornam desconfortáveis e perigosas para os passageiros. A infraestrutura dos veículos, por sua vez, recebe inúmeras críticas da população.
Superlotação incomoda a usuários de transporte público, em SL
Reprodução/TV Mirante
Problemas mecânicos, como pneus furados e freios mal conservados, além da sujeira e dos bancos quebrados, no interior dos coletivos, compõem o cenário de insalubridade e aborrecimentos costumeiramente registrados nos ônibus da capital.
“É mais complicado, porque a gente sai da faculdade, e a gente quer chegar em casa seguros, e, às vezes, o lugar que a gente mora é perigoso. Essa demora [dos ônibus] atrapalha muito a gente”, diz a estudante Evelyn Lemos, que aguarda, com apreensão, junto a outros universitários, o transporte coletivo, após as 22h, no bairro do Renascença.
Insegurança nos ônibus
A falta de segurança nos coletivos também integra o repertório de dificuldades enfrentadas por usuários de ônibus. Os assaltos dentro dos coletivos costumam ser frequentes, e muitos passageiros temem ser vítimas de roubo ou violência dentro dos veículos. Na última sexta-feira (7), um adolescente de 17 anos, identificado como Wemerson Matheus Ferreira Fonseca, morreu após ser baleado durante um assalto a ônibus, ocorrido no bairro Santa Bárbara, situado na zona rural da capital.
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“É ônibus velho, é ônibus que não tem fio [cordas para acionar a parada do veículo] para puxar, é ônibus que pega fogo na saída das garagens; na saída do Terminal [de Integração]. Eu queria que os empresários botassem ônibus bons para a população. Se pagamos uma passagem a R$ 4,20, para estar pegando carro que está quebrando no meio do caminho, pegando fogo, aí não tem como, não”, afirma o auxiliar de serviços gerais, Raimundo Santos Júnior.
O que diz a prefeitura de São Luís
A prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), informou que as avenidas são as principais artérias da cidade, nas quais o fluxo da região é constante, com intervalo de um a dois minutos entre um coletivo e outro.
Em relação à idade da frota que circula em São Luís, a SMTT ressaltou que a matéria é objeto de ação judicial que tramita na Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Capital. E reforçou também que a SMTT mantém as fiscalizações para fazer com que as empresas consorciadas cumpram com as obrigações de oferecer um serviço de qualidade à população.
Sobre as paradas de ônibus, a Secretaria informou que está finalizando o projeto emergencial para instalação e revitalização de abrigos para atender à demanda e garantir melhores condições aos usuários do transporte público da capital.
Passageiros apontam insegurança nos ônibus, em São Luís
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