Morte de mulher após procedimento cirúrgico em clínica de BH será investigada pela polícia

Segundo a ocorrência, a vítima teria sido submetida a uma cirurgia de lipoescultura e revisão de cicatriz. Em 2022, um médico da mesma clinica foi indiciado por homicídio culposo. Mulher morre em clínica de BH.
Raquel Freitas/TV Globo
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar a morte de uma mulher de 38 anos após um procedimento cirúrgico, na manhã desta terça-feira (25). O caso aconteceu no Instituto Mineiro de Obesidade (IMO), localizado no bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Cirurgião plástico é indiciado por morte de paciente em Belo Horizonte
Mulher morre após cirurgias plásticas em clínica de bairro de luxo de BH; polícia e CRM apuram
De acordo com o policiais que atenderam a ocorrência e removeram o corpo para o Instituto Médico Legal (IML) da capital, o relatório médico repassado pela clínica informou que “a vítima teria sido submetida a procedimento cirúrgico de lipoescultura e revisão de cicatriz no dia 24. Apresentou quadro de agitação motora e contusão mental no dia 25 evoluindo para pcr (parada cardiorrespiratória)”.
“Houve uma intercorrência com a paciente, mas que nós não temos condições de avaliar concretamente o que houve. É importante dizer que a paciente já foi para o IML e cabe agora à autoridade policial, por meio de uma perícia específica de um médico legista, identificar qual foi a causa da morte. O momento é de solidariedade com os familiares, o momento é de acolhimento com os familiares”, disse o advogado Matheus Dutra, destacando que o IMO está à disposição para ajudar e esclarecer o que houve.
Em abril do ano passado, a Polícia Civil indiciou o cirurgião plástico Lucas Mendes, da IMO, pela morte de Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira, de 39 anos. Ela foi submetida a dois procedimentos.
O corpo da vítima precisou ser exumado. A perícia técnica constatou que houve desrespeito às normas do Conselho Federal de Medicina. Lidiane realizou dois procedimentos estéticos – abdominoplastia e lipoaspiração.
O que diz a Polícia Civil
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou inquérito para apurar a causa e circunstâncias da morte de uma mulher durante procedimento cirúrgico em uma clínica localizada no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul, na capital. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal dr. André Roquette onde será submetido a necropsia e formal identificação. Outras informações serão repassadas no decorrer das investigações”.
O que diz a clínica
Leia a íntegra da nota:
“O Hospital lamenta profundamente o falecimento da paciente , ocorrido após uma cirurgia de abdominoplastia e lipoaspiração, e veio a óbito algumas horas após a cirurgia, possivelmente em decorrência de um tromboembolismo maciço, a paciente, tinha uma história pregressa de trombose, o que não é contra indicação para a cirurgia lembrando que essa se trata de uma hipótese diagnóstica, e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal para esclarecimento da causa da morte.
Todas as medidas para previnir o tromboembolismo foram tomadas no procedimento, tanto com uso de heparina de baixo peso molecular (Clexane) quanto meias de compressão. Contudo as medidas mesmo diminuindo a incidência de complicação não zera sua ocorrência, sendo um risco inerênte a qualquer procedimento cirúrgico. A paciente
Ressaltamos que o Hospital está colaborando integralmente com as autoridades competentes para que o caso seja totalmente esclarecido e que todas as informações necessárias estão sendo fornecidas às autoridades responsáveis.
Neste momento, a direção do Hospital se solidariza com a família e amigos da paciente, prestando todo o apoio necessário neste momento difícil. Reforçamos, ainda, nosso compromisso com a transparência e a ética em todos os nossos procedimentos, buscando sempre aprimorar nossos serviços para garantir a segurança e o bem-estar de nossos pacientes.”