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Cappelli se reúne com Moraes e diz que Lula deu ordens para acelerar renovação do GSI


No encontro, o ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional e o ministro do STF trataram investigações que apuram a conduta de agentes nos atos golpistas de 8 de janeiro, e também conversaram sobre as imagens que mostram a dinâmica da invasão. Lula quer acelerar a renovação do GSI, diz Cappelli
O ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, afirmou que o presidente Lula deu ordens para acelerar a renovação do órgão. Cappelli se reuniu com o ministro do STF Alexandre de Moraes, que retirou o sigilo das imagens do dia 8 de janeiro registradas pelas câmeras do Palácio do Planalto.
No encontro, Ricardo Cappelli e Alexandre de Moraes trataram das investigações que apuram a conduta dos agentes do Gabinete de Segurança Institucional durante a invasão do Planalto pelos golpistas.
“Se, eventualmente, alguns servidores cometeram desvios funcionais, esses desvios serão apurados. A sindicância vai até o dia 30 de maio e eu determinei antecipação do resultado final da sindicância. Em paralelo, há um inquérito na Polícia Federal e um inquérito no Supremo Tribunal Federal apurando a conduta de todos, servidores civis ou militares”, afirmou Cappelli.
Ricardo Cappelli e Alexandre de Moraes
Jornal Nacional
Cappelli também comentou a determinação do presidente Lula de reestruturar o GSI:
“Há uma determinação do presidente da república para que a gente acelere a renovação dos quadros funcionais. Isso é absolutamente natural em toda mudança de governo; então a gente está acelerando. Em paralelo, nós estamos reunindo informações sobre as funções, as atribuições do GSI, para que o presidente possa tomar a decisão sobre a manutenção da atual estrutura, eventuais ajustes, alterações na sua volta ao Brasil. Já foram substituídos cerca de 35% dos servidores que trabalhavam no GSI”.
Neste domingo (23), a mando de Moraes, em outra frente de investigação, a Polícia Federal ouviu nove integrantes do GSI envolvidos na operação. A TV Globo apurou que, nos depoimentos, os militares afirmaram que a Abin, a Agência Brasileira de Inteligência, não tinha informações sobre os riscos dos atos.
Eles também disseram que não prenderam imediatamente os golpistas porque, segundo eles, corriam risco de vida.
Moraes também determinou o fim do sigilo das gravações que mostram a dinâmica da invasão ao Planalto e, aos poucos, novas imagens vão surgindo. Elas mostram mais falhas na atuação do serviço de segurança.
São mais de 500 horas de imagens que mostram a ação das tropas e dos golpistas dentro e fora do palácio. Em uma delas é possível ver um vândalo entrando de bicicleta pela entrada principal do Planalto, no térreo.
As imagens também mostram a atuação dos responsáveis pela segurança do Planalto, como o então chefe do GSI. Às 16h18, a porta do elevador abre no terceiro andar e é possível ver o general Gonçalves Dias falando ao celular. Ao ver os invasores, o então ministro aperta um botão e a porta fecha. Ele desce para o térreo.
Ao ver invasores no terceiro andar, ex-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, retorna ao térreo
Jornal Nacional
Às 16h20, ele sai pela porta principal do palácio; por cerca de dois minutos, caminha pelo local depredado; em seguida, volta ao palácio.
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Quase ao mesmo tempo, uma das câmeras mostra um dos anexos da presidência, que não foi invadido. Lá, outros homens do GSI estavam reunidos e, por cerca de 50 minutos, eles conversam, olham o celular rindo e recebem carregamentos. Eles começam a deixar o local às 17h13.
Às 17h48, mais de duas horas depois do início da invasão, é possível ver as primeiras imagens com as prisões dos vândalos. Às 21h24, mais de duas horas depois da situação estar controlada, o carro do presidente Lula chega ao palácio. Ele sobe para o terceiro andar e aparenta estar bastante irritado com a situação; está acompanhado de ministros e da primeira-dama.
Flávio Dino e José Múcio em imagens do Planalto
Jornal Nacional
Às 21h46, as imagens mostram o ministro da Justiça, Flávio Dino, gesticulando no saguão do terceiro andar. Ele parece se dirigir ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Outros ministros e senadores estão na imagem, que sugere que eles estão em uma discussão acalorada sobre os acontecimentos.
Os ministros não quiseram comentar o teor da conversa.

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