As aeronaves interceptadas são incendiadas por agentes do Ibama. A ação do órgão junto com a Polícia Rodoviária Federal, FAB e Polícia Federal já destruiu mais de dez aviões na maior reserva indígena do país, desde fevereiro, quando foi iniciada a operação. Após fechamento do espaço aéreo pela Aeronáutica, aviões continuam a sobrevoar região da Terra Yanomami
A operação da Polícia Federal e do Ibama em Território Yanomami obteve novas vitórias sobre garimpeiros criminosos em Roraima.
Os agentes do Ibama ateiam foto nos aviões interceptados, como dois apreendidos nesta terça-feira (11), na comunidade indígena do Homoxi. Um piloto foi preso com uma arma e mantimentos.
“Piloto está ali, tentou fugir, se evadiu para o mato, mas a gente conseguiu localizar ele. Foi apreendido celular, GPS, dispositivo de rastreamento via satélite”, diz agente em vídeo.
Piloto de aeronave foi preso com arma e mantimentos ao sobrevoar Terra Yanomami
JN
Apenas aviões militares envolvidos na fiscalização podem sobrevoar e pousar na Terra Yanomami. No último dia 6 de abril, a Força Aérea Brasileira desativou o corredor aéreo aberto em fevereiro para a saída voluntário de garimpeiros da reserva.
Em dois meses de operação, a Polícia Federal e o Ibama destruíram mais de uma dezena de aviões usados no garimpo ilegal.
“Aeronave adaptada para o transporte de carga. A gente já tirou três carotes daqui de dentro já; são carotes de óleo diesel”, detalha agente do Ibama mostrando aeronave pega.
Aeronave foi adaptada para transporte de combustível
JN
Em outra ação, agentes do grupo especial de fiscalização do Ibama prenderam o piloto Guilherme Silva Ribeiro Campos ao sobrevoar a área vermelha, proibida pela FAB. Guilherme é filho da ex-governadora de Roraima, Suely Campos. Ele pagou fiança de R$ 50 mil reais e foi solto.
A devastação deixada pelo garimpo é registrada pelos agentes nas incursões feitas na Terra Yanomami, como um rio que sofre um processo de assoreamento, quando os rejeitos se acumulam no leito do rio.
“Dá para ver o nível de assoreamento do rio. Foram toneladas e toneladas de rejeitos despejados no Rio Mucajaí. Dá para constatar também um nível bastante elevado de turbidez da água, uma condição praticamente incompatível com qualquer tipo de vida”, afirma um agente do Ibama.
A defesa de Guilherme Ribeiro Campos declarou que a prisão dele foi ilegal e desnecessária, e que o cliente foi posto em liberdade porque não possui envolvimento com garimpo ilegal, nem interesse em invadir espaço aéreo ou terrestre de áreas indígenas.
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