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Lula chega a Xangai e inicia viagem oficial à China


O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês disse que remarcação rápida da viagem, depois do adiamento por causa de uma pneumonia de Lula, mostra a importância que os dois países dão à visita e que o governo da China espera usar a oportunidade para aprofundar a cooperação em várias áreas. Presidente Lula e comitiva desembarcam em Xangai, durante viagem à China
Ricardo Stuckert/Presidência da República
O presidente Lula chegou à China para a visita oficial que era aguardada desde março. A reportagem é dos enviados especiais a Xangai Bianca Rothier e Felipe Byington.
Foram 28 horas de viagem. O avião presidencial não tem muita autonomia de voo e por isso foram necessárias duas escalas. Eram mais de 22h da noite, no horário local, 11h em Brasília, quando Lula chegou ao principal centro financeiro da China.
Ele desceu da aeronave junto com a primeira dama, Janja, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD. Foram recebidos pela ex-presidente Dilma Rousseff, que está morando em Xangai, onde fica a sede do banco dos Brics. Dilma assumiu a presidência do banco dia 28 de março.
Na chegada ao hotel, o presidente Lula não quis conversar com a imprensa, apenas acenou. Dilma falou rapidamente sobre a expectativa à frente do banco criado pelo grupo que reúne além de Brasil e China, Rússia, Índia e África do Sul.
“Muito grande e desafiadora”, diz a ex-presidente Dilma.
Em Xangai, um dos principais compromissos do presidente Lula será a cerimônia de posse de Dilma à frente do banco dos Brics, nesta quinta-feira (13). A cerimônia estava marcada para o fim de março, quando ela começou a trabalhar e quando Lula viria à China. Mas a viagem precisou ser adiada depois que ele foi diagnosticado com uma pneumonia leve. Lula também vai visitar a sede da gigante de tecnologia Huawei e terá reuniões com executivos das áreas de energia sustentável e comunicações.
Ainda na quinta, o presidente Lula será recebido para um jantar com o secretário-geral do Partido Comunista em Xangai.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse, esta semana, que a remarcação rápida da viagem mostra a importância que os dois países dão à visita e que o governo chinês espera usar a oportunidade para aprofundar a cooperação em várias áreas. Há uma expectativa para que o Brasil assine cerca de 20 acordos com o seu maior parceiro comercial.
O Brasil quer facilitar e ampliar as exportações do setor agropecuário, principalmente de carne suína e bovina.
Os dois países também devem acertar a instalação de uma fábrica de carros chineses na Bahia e a venda de jatos da Embraer para a China.
Brasil e China esperam que o acordo para transações com o câmbio direto e indireto entre o real e a moeda chinesa, sem passar pelo dólar, amplie ainda mais o comércio bilateral, que em 2022 atingiu um recorde de US$ 150 bilhões.
Também há expectativa para ampliação da cooperação tecnológica para construir mais um satélite. Ele poderá ajuda a monitorar biomas, como o da Floresta Amazônica.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou o otimismo com as possibilidades:
“A China tem um programa de restauração de área degradada. Já recuperou cerca de 70 milhões de hectares. E o Brasil interessa muito conhecer essas experiências e, mais do que isso, fazer trocas tecnológicas”, diz Marina Silva.
O presidente Lula também vai conversar com Xi Jinping sobre a possível participação do Brasil em negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
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