‘Ocorre um entre 80 mil’, diz médico após parto raro de empelicado em maternidade no AP

Por ocorrer em uma gestação de gêmeos, caso chamou mais ainda a atenção dos médicos. Tipo de parto ocorre quando o recém-nascido sai da barriga da mãe ainda coberto pela bolsa amniótica. Parto ocorreu na sexta-feira, em Macapá
Victor Goncalves/Arquivo Pessoal
Os gêmeos Mirella e Maurílio Ribeiro Madureira nasceram nesta sexta-feira (21) em um parto considerado raro na medicina. O pequeno Maurílio nasceu empelicado, que acontece quando o recém-nascido sai da barriga da mãe ainda coberto pela bolsa amniótica.
O caso aconteceu no Hospital da Mulher Maternidade Mãe Luzia (HMML), no Centro de Macapá. Segundo especialistas a criança que nasce nesta condição fica envolta pela bolsa, que é responsável pela proteção e ajuda na alimentação durante uma gestação.
Maria e os gêmeos Mirella e Maurílio
Maria Ribeiro Madureira/Arquivo Pessoal
A mãe dos gêmeos, Maria Ribeiro Madureira, de 28 anos, falou que se emocionou a ver as imagens.
“Pra mim foi uma emoção muito grande de ver o vídeo e de ter essas duas crianças. Tô muito emocionada mesmo”, disse a mãe.
De acordo com o médico João Pingarrilho, de 34 anos, que é especialista em obstetrícia e ginecologia, e que participou do parto, o caso foi mais raro ainda por se tratar de uma gestação de gêmeos.
“Esse parto é bem raro de acontecer, e bem mais raro em caso de gêmeos. Estimasse que um, a cada 80 mil partos ocorra dessa forma. Pode acontecer tanto nos partos normais, mas é mais frequente de acontecer em cesárias, porque durante a cesária tem como a gente preservar a bolsa de líquido que protege o bebê, a bolsa amniótica”, descreveu o médico.
Parto raro de bebê empelicado em maternidade do Amapá
A membrana protege e faz com que o recém-nascido receba os nutrientes e o oxigênio da mãe através do cordão umbilical.
Situações assim são raras, uma vez que o saco gestacional estoura quando o bebê está prestes a nascer, inclusive em procedimentos como a cesárea. Após o parto, a bolsa é rompida pelo médico e a criança retirada.
“Esse caso foi bem curioso, porque era uma gravidez de 40 semanas e três dias e era uma gestação gemelar. O primeiro que nasceu foi uma menina, com a bolsa já rompida e o segundo, que era do sexo masculino, estava empelicado”, informou Pingarrilho.
O médico informou que o parto ocorreu de forma tranquila. A mãe e os gêmeos tiveram alta no início da tarde deste domingo (22).
Entenda mais sobre o que é bebê empelicado
Segundo especialistas, o nascimento de um bebê empelicado é considerado raro no mundo da obstetrícia, já que o saco gestacional costuma estourar quando o bebê está prestes a nascer.
Apesar disso, quando esta bolsa não se rompe, acontece o chamado parto empelicado, que não oferece risco para mãe ou para o bebê.
Veja o plantão de últimas notícias do g1 Amapá
VÍDEOS com as notícias do Amapá:
Luiz Henrique Silva Teixeira, de 25a