O evento acontece em 12 países e em dezenas de cidades brasileiras. São shows, apresentações e palestras conduzidas pelos chamados ‘inspiradores’. Festival marca o Dia Mundial da Criatividade
No Dia Mundial da Criatividade, um festival realizado em várias cidades brasileiras lançou um desafio aos participantes.
As periferias são imensas como seus dramas e carências, mas é também enorme a capacidade que existe de criar.
“Quando a gente não tem muitos recursos, a gente acaba achando novas maneiras de executar as ideias.”
De embelezar e faturar. “Posso mostrar para outras mulheres o quanto que elas conseguem também desenvolver um trabalho, trabalhar com moda, e estar bonita, conseguir fazer dinheiro, que é o foco principal”, afirma a influenciadora digital e dona de brechó Larissa Ramos.
E de chegar longe. Valter Rege: “Eu lancei o meu primeiro longa metragem, ‘O Cinema me Trouxe Aqui’, filmado no Canadá.”
“Depois que a gente teve acesso à revolução tecnológica do audiovisual, a gente usa a criatividade para mostrar o lado positivo da favela,”, diz o blogueirinho de favela e cineasta Valter Rege.
Estudiosos da mente humana explicam que a criatividade é uma poderosa ferramenta não só de adaptação ao mundo, mas de transformação da realidade. E quem transforma também é capaz de inspirar ao compartilhar suas experiências, e é isso que milhares de pessoas e grupos estão fazendo essa semana no Festival Mundial da Criatividade.
Ele acontece em 12 países e em dezenas de cidades brasileiras. São shows, apresentações e palestras conduzidas pelos chamados “inspiradores”, profissionais como o diretor de publicidade que vem abrindo espaço para a periferia no universo da propaganda.
“Trazendo essas verdades e referências que a publicidade não bebia antigamente, melhora para todo mundo. É bom para as marcas, é bom para os anunciantes, bom para as agências e bom para a quebrada que está entrando nesse universo”, declara Tiago Trindade Rodrigues, sócio da Digital Favela.
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A tradição veio do Japão antigo, mas a designer Sofia Kamatani mostra e explica que inovação pode surgir de um novo olhar para o passado.
“Eu propus a ideia de usar o furoshiki para transformar em uma ecobag, porque é uma forma de incentivar as pessoas para diminuir o uso das sacolas plásticas”, explica.
E se o instrumento criado lá na Suíça não comporta todos os ritmos e melodias do Brasil, o músico Paulinho Oliveira adapta, inventa um novo, com 15 notas e novas possibilidades.
“Eu coloco tudo o que eu faria na bateria nesse instrumento. Só que aí eu posso colocar ritmo, harmonia e melodia. Acho que criatividade é encontrar um caminho no inesperado”, disse.
E é isso que os organizadores do festival, que vai até este sábado (22), esperam: que as inspirações criativas continuem ecoando e se multiplicando.
Festival celebra o Dia Mundial da Criatividade em cidades brasileiras
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