Crime aconteceu em Luís Eduardo Magalhães. Um dos suspeitos confessou crime e disse que teve ajuda de comparsa. O outro nega participação. Lorena Fox foi encontrada morta após desaparecer em rodoviária
Reprodução TV Oeste
A Polícia Civil decidiu fazer uma reconstituição do assassinato de Lorena Fox, mulher trans encontrada morta em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. Segundo o órgão, a decisão foi tomada após os dois suspeitos serem presos e apresentarem contradições nos depoimentos.
Segundo a Polícia Civil, um suspeito foi encontrado no sábado (15) e o outro na quarta-feira (19). Ambos disseram que o crime foi cometido após um desentendimento com a vítima por causa dos valores cobrados em um programa.
A Polícia Civil informou que um dos homens contou que agrediu Lorena Fox com a ajuda de um comparsa, até a morte, usando diferentes instrumentos. Depois, ainda atearam fogo no corpo da vítima. No entanto, o outro suspeito afirmou não ter participado do crime.
“Com a prisão dele, nós concluímos as investigações policiais a respeito do crime, que chocou a sociedade luiseduardense e principalmente a comunidade LGBTQIAPN+, que desde o início das investigações vinha cobrando junto ao Ministério Público e Entidades Não Governamentais uma atuação incisiva da Polícia Civil no tocante à identificação dos autores”, disse o titular da DT de Luís Eduardo Magalhães, delegado Joaquim Rodrigues de Oliveira.
Os dois suspeitos aguardam a reconstituição para serem transferidos para o sistema prisional.
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No início de março, a irmã de Lorena Fox, Thaynnara Sabath, pediu justiça e ajuda de pessoas que pudessem ter informações sobre o crime. Emocionada, ela disse que perdeu a parte mais importante da própria vida.
“Minha irmã era uma pessoa muito boa, de um coração muito bom, não merecia ter um fim tão trágico quanto este. Não merecia ter sido assassinada. Ela foi tirada de mim, tiraram tudo o que eu tinha. Minha irmã era tudo o que eu tinha na minha vida”, contou.
Lorena estava desaparecida desde o dia 23 de fevereiro, quando entrou em um carro com dois homens, na esquina da antiga rodoviária da cidade. Depois disso ela sumiu e a família iniciou buscas para encontrá-la.
A vítima só foi achada na quarta-feira (1º), já sem vida em um matagal, por funcionários de uma empresa que faziam roçagem no local. Segundo a Polícia Civil, o corpo de Lorena já estava em estado de decomposição.
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Polícia vai fazer reconstituição do assassinato de mulher trans no oeste da BA após contradições de suspeitos
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