O tamanduá-bandeira tem 11 meses e recebeu o nome de Ricco, após ser resgatado e levado para criadouro conservasionista, no Tocantins. Unidade cuida, ajuda na reabilitação e reinserção de animais na fauna do estado. Tamanduá recebe o nome de Marieta ao ser levada para criadouro conservasionista
Clique no vídeo acima e você verá a cena mais fofa de hoje. Nas imagens, um tamanduá-bandeira, de 11 meses, curte um banho de mangueira para se limpar e se refrescar, em um dia de calor no Tocantins. O animalzinho recebeu o nome de Ricco, após ser resgatado e levado para o Vale Rico, criadouro conservasionista localizado em Abreulândia, no Parque Estadual do Cantão.
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Ricco parece adorar um banho gelado, até porque a temperatura no Tocantins pode passar dos 40 graus, dependendo da época do ano. Segundo o responsável pelo criadouro, o médico-veterinário Léo Lorentz, tamanduás sentem muito calor.
“Eles sentem muito calor por causa do pelo grosso. Por isso, gostam de se manter limpos e de se refrescar. Ele se limpa, esfrega atrás da orelha, passa as unhas para esfregar o pelo. Geralmente, o Ricco mostra quando quer tomar banho. Quando estou trocando água, ele começa a se coçar. Ele pede o banho. A gente não força, não fico molhando para tentar dar banho. Pelo comportamento, a gente sabe”, relatou Léo.
Ricco aproveita um banho gelado para limpar os pelos e se refrescar, no Tocantins
Reprodução/Instagram
O tamanduá-bandeira é uma espécie de mamífero, mede entre 1,8 e 2,1 metros de comprimento e pesa até 41 kg. É facilmente reconhecido pelo seu focinho longo e padrão característico de pelagem. Possui longas garras nos dedos das patas anteriores. O aparelho bucal é adaptado à dieta especializada em formigas e cupins, mas em cativeiro ele pode ser alimentado com carne moída, ovos e ração, por exemplo.
O animal também dá aula quando o assunto é higiene. Ricco é um filhote, mas já demonstra as características exigentes da espécie. Léo conta que, diariamente, precisa trocar a água usada por ele.
“Eles só fazem as necessidades na água. Eles são limpos, tanto em vida livre, quanto em cativeiro. Tem que ter o controle de trocar água, porque são bem higiênicos. Durante esse manejo, de trocar a água todo dia e limpar o bebedouro, ele vem pedir banho e às vezes toma banho sozinho no bebedouro”.
Ricco, tamanduá-bandeira, vive em criadouro conservasionista, no Tocantins
Arquivo Pessoal
O Instituto Vale Rico é um criadouro conservacionista que tem como objetivo manter, reproduzir, reabilitar e reintroduzir os animais silvestres na fauna. No ano passado, o g1 mostrou o momento em que um filhote de onça-pintada experimenta, pela primeira vez, um pedaço de carne com osso.
O Cantão chegou ao centro bem novinho e hoje já está forte. Ganhou até uma namorada, a Poranga, resgatada na beira de uma estrada. Os dois fazem parte de um projeto de reprodução em cativeiro para ajudar a espécie a sair da lista de animais ameaçados de extinção.
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A rotina dos bichinhos é compartilhada nas redes sociais e alcança milhares de visualizações. Na internet, há fofura, curiosidades, mas também o registro da rotina cansativa de profissionais que fazem um trabalho sério para cuidar de animais, muitas vezes, resgatados em situação de fragilidade.
Ricco por pouco não foi comido vivo por urubus. Ele foi encontrado no ano passado, por um vizinho do veterinário.
Ricco quase foi comido vivo por urubus
Arquivo Pessoal
“Meu vizinho de fazenda estava passando por uma área que estava sendo preparada para a agricultura, quando percebeu uma movimentação de urubus. Quando chegou perto, era o Ricco que estava sozinho, sendo atacado vivo. Ele chegou aqui com 10 dias de vida, tinha até a marca do cordão umbilical”.
O tamanduá recebeu tratamento especial e alimento na mamadeira. Hoje, está forte e bonito. Pronto para, quem sabe, começar a namorar logo, logo. Isso porque há cerca de quatro meses, uma fêmea de tamanduá foi encaminhada para o instituto.
VÍDEO MARIETA
É a Marieta. A fêmea foi resgatada em Porto Nacional. Moradores afirmam que viram o filhote agarrado nas costas da mãe, como de costume. No entanto, ao fugir para tentar proteger a cria, ela passou por uma cerca e o filhote caiu e ficou para trás.
Marieata, bem novinha, foi encaminhada para o Centro de Fauna do Tocantins (CEFAU), unidade mantida pelo Naturatins para cuidar de animais resgatados. Depois disso, ela foi levada para o Instituto Vale Rico.
Marieta chegou ao instituto pesando 1,5 kg e, após cuidados, ficou forte e hoje pesa cerca de 4 kg
Arquivo Pessoal
Quando chegou ao local estava fraca e pesava 1,5 kg. Depois de muitos cuidados, se fortaleceu e hoje está com 4 kg de pura fofura. Leo contou que Ricco e Marieta podem, um dia, voltar para a natureza ou continuar no instituto.
“Vamos aproximando os dois aos poucos e ver se vai dar certo mantê-los juntos. Se tudo ocorrer bem, poderão fazer parte do programa de soltura ou ficarão juntos em cativeiro”.
Instituto Vale Rico
O veterinário junto com a onça-pintada chamada Cantão
Reprodução/Instagram
O Instituto Vale Rico fica em uma fazenda, dentro da região do Parque Estadual Cantão, uma das mais importantes áreas ambientais do Brasil. O local tem licença para receber os animais.
O médico veterinário, Leonardo Egon Lorentz, de 31 anos, mais conhecido como Léo Lorentz, filho dos donos da fazenda, divide a rotina entre o agronegócio e a conservação das espécies silvestres.
Nas redes sociais, ele chama a atenção ao compartilhar o dia a dia no local. Um vídeo mais fofo que o outro. Em um dos registros, ao som de uma trilha sonora romântica, uma arara-canindé pousa no braço do profissional para se alimentar. Em outro vídeo, uma ave pousa em um porquinho para pegar carona e dar uma voltinha.
Araras foram as primeiras moradoras do Instituto Vale Rico
Reprodução/Instagram
“Eu sou apaixonado por tudo isso, tenho a vida que eu pedi a Deus, não posso reclamar de nada, sempre sonhei em ser veterinário. Na infância, eu dizia que queria ter um zoológico e eu nunca imaginei que o instituto tomaria proporções grandes e chegaria a ter uma onça-pintada, por exemplo”.
O instituto não tem fins lucrativos e sobrevive com a ajuda de doações e o investimento de empresas. O dinheiro que Léo arrecada no Instagram, através de publicidade, também é direcionado ao projeto.
Leonardo Lorentz é médico veterinário
Reprodução/Instagram
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