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PM agride casal com filho de 3 anos em hospital na Barra da Tijuca

Os pais queriam tirar o filho de três anos da unidade para evitar, segundo eles, que uma cirurgia fosse realizada sem raio X. A discussão terminou com socos, chutes e até puxão de cabelo. PM agride pais de criança de três anos internada em hospital na Barra da Tijuca
Um policial militar agrediu um casal no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Os pais queriam tirar o filho de 3 anos da unidade para evitar, segundo eles, que uma cirurgia fosse realizada sem raio X. A discussão terminou com socos, chutes e até puxão de cabelo.
As agressões aconteceram no dia 8 deste mês e foram divulgadas nesta quinta-feira (20) pelo jornal O Globo. Nas imagens, uma funcionária tenta impedir a gravação. Logo depois, um policial militar aparece e dá um tapa forte na cabeça de Francisco Venilson Borges, pai da criança.
Viviane Magalhães da Cruz, mãe do menino, chega a entrar no meio para defender o marido. Neste momento, o policial puxa o cabelo da mulher, até ela cair no chão.
O casal tinha ido ao hospital levar o filho que parecia ter quebrado o fêmur depois de cair de uma escada. A criança se queixava de muitas dores.
Ao chegaram no hospital, o menino passou por uma avaliação e o médico pediu um raio x. De acordo com depoimento do casal, o resultado do exame foi entregue a eles para que levassem até o médico.
Os pais disseram que, como não encontraram o profissional na sala, deixaram o exame com outros funcionários numa sala ao lado e ficaram à espera do diagnóstico.
Segundo os pais, quando o médico voltou à sala dele, pediu o resultado do raio x. Eles então explicaram que tinham entregue, mas os profissionais disseram que não estavam com o raio x.
Os pais contaram à polícia ainda que o médico resolveu, sem o exame, operar o menino. Por causa disso, eles decidiram – segundo o depoimento – ir para outra unidade de saúde com emergência. Foi nesse momento que o PM abordou o casal.
O PM que aparece agredindo os dois foi identificado como Leonardo Pinto Aguiar e trabalha no batalhão de Bangu. Ainda segundo a PM, ele fazia a custódia de um preso internado no hospital.
Depois de ser agredido, Francisco ainda foi algemado. O casal procurou a delegacia da Barra da Tijuca, onde o caso foi registrado como lesão corporal e abuso de autoridade.
De acordo com a 16º DP (Barra da Tijuca), as vítimas foram ouvidas e encaminhadas para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). O autor foi identificado e o caso vai ser enviado para a Justiça Militar para seguir com a investigação.
O que dizem os citados
A Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo Hospital Municipal Lourenço Jorge, informa que a unidade não tem gestão sobre o policial Leonardo Aguiar, e que ele estava de passagem acompanhando um paciente.
Sobre o raio x, a SMS informa que a informação sobre o sumiço do exame não procede, e que o paciente tinha indicação de internação para cirurgia de redução da fratura de fêmur, diagnóstico não aceito pelos pais, que iniciaram discussão com os profissionais.
A direção da unidade repudiou qualquer ato de violência e se colocou à disposição da autoridade policial para ajudar na apuração.
A Assessoria da Polícia Militar informa que a Corregedoria Geral da Corporação, através da 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), já sabe do caso e instaurou um procedimento apuratório interno.

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