Nesta quinta-feira (20), é comemorado o Dia do Disco. O g1 também conversou com DJ de Araraquara que prefere tocar com os “bolachões”. Colecionador de Porto Ferreira aluga casa para guardar acervo de 150 mil discos
Miguel Bragioni Lima Coelho
Morador de Porto Ferreira (SP), Miguel Bragioni Lima Coelho sempre gostou de música. Aos 11 anos, conheceu os discos de 78 rotações e se encantou pelo repertório da música brasileira. Começava ali um amor pelo material fonográfico que já dura 28 anos e reúne um acervo com mais de 150 mil discos.
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Nesta quinta-feira (20), data em que é celebrado o Dia Nacional do Disco, o g1 conversou com o colecionador e também com um DJ de Araraquara que prefere tocar com discos de vinil (leia abaixo).
Em 2020, o colecionador chegou a alugar uma casa para guardar as raridades nacionais e internacionais. “O valor histórico de cada disco permeia o infinito”, disse Coelho. Segundo ele, 95% da coleção estão guardados no local. “Na minha casa tenho uns 10 mil para ouvir e mexer”.
Colecionador de Porto Ferreira tem 150 mil discos
Miguel Bragioni Lima Coelho
O colecionador disse que seu objetivo é preservar a discografia brasileira dos 78 rpm [rotações por minuto], que foram os primeiros discos do Brasil comercializados entre 1902 e 1964 até o surgimento do LP [Long Play].
“Durante esse período, o Brasil produziu em torno de 35 mil discos em 78 rpm. Hoje a minha coleção tem quase 21 mil. Faltam 14 mil, é um desafio”, disse Coelho.
Os discos preferidos são os das músicas da década de 30. Para ele, a época simboliza a era de ouro da música popular brasileira.
Seu artista preferido é Francisco Alves, rei da voz do Brasil e o cantor que mais gravou discos no país. O colecionador também gosta de música argentina, jazz norte-americano e inglês, canções napolitanas e fados.
Colecionador de Porto Ferreira aluga casa para guardar acervo de 150 mil discos
Miguel Bragioni Lima Coelho
Os primeiros discos adquiridos foram dos caipiras Tonico e Tinoco e da dupla Vieira e Vieirinha, que o colecionador ganhou em uma gincana escolar na 5ª série. A coleção reúne raridades de João Gilberto, Roberto Carlos, Pixinguinha com os Oito Batutas, Chiquinha Gonzaga.
“A bossa nova nasceu em 78 rotações. Os primeiros discos de rock foram produzidos em 78 rotações”, contou Coelho que disse ter o primeiro LP lançado no Brasil. Cerca de 40% de seu acervo foram doações e o restante são aquisições.
Interessados em trocar material podem entrar em contato com o colecionador pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (19) 3581-1549.
Satisfação em tocar com vinil
DJ de Araraquara reúne 15 mil discos de vinil em seu acervo
Maurício Sampaio Assad
Disc Jockey há mais de 30 anos em Araraquara (SP), Maurício Sampaio Assad, conhecido na cidade como DJ Maurício Animal, tem satisfação em tocar usando vinis.
Aos 47 anos, ele reúne na coleção 15 mil discos que ficam guardados em uma sala de 40 metros quadrados. “Compro uma vez por mês, depende do que tem disponível”, disse.
Os discos são importados e o investimento gira em média a partir de R$ 125. Maurício disse que já chegou a pagar R$ 500 por um vinil de uma produção nacional.
O DJ disse não ser contra a tecnologia, mas raramente usa CD, pendrive ou outro tipo de mídia nos eventos que faz. Nas festas, são os “bolachões”, que animam o público na pista de dança.
“Gosto do tato, do cheiro do vinil, ver a capa, escolher a versão da música, colocar a agulha e todo ritual. O disco tem mais qualidade, o som é mais encorpado”, avaliou o DJ que toca música eletrônica.
DJ de Araraquara reúne 15 mil discos de vinil em seu acervo
Maurício Sampaio Assad
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Colecionador de Porto Ferreira aluga casa para guardar acervo de 150 mil discos de 78 rotações
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