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Suspeito de invadir casas de luxo no Rio foi filmado usando blusa da vítima, diz polícia


Segundo as investigações, grupo de SP vinha ao Rio, se hospedava em hotéis com documentos falsos e monitoravam as vítimas. Imagens de câmeras de segurança de um dos apartamentos da vítima: suspeito saiu usando a camisa da vítima
Reprodução
Novos detalhes sobre a quadrilha de São Paulo especializada em furtos a apartamentos de luxo na Zona Sul do Rio começam a surgir. Nas imagens obtidas pela 14ª DP (Leblon), que investiga o caso, é possível ver um dos suspeitos entrando em um apartamento com uma camisa azul, e quase duas horas depois, saindo com outra branca e uma mala.
As imagens são de um furto no dia 16 de março, na Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon.
A Polícia Civil diz que o homem é David Pereira Frajuca, suspeito de roubar joias e dinheiro, e até mesmo a blusa que ele sai do prédio é da vítima.
Roubos podem chegar a R$ 4 milhões
“O porteiro, numa falha enorme da segurança, deixou uma pessoa completamente estranha entrar só dizendo o nome de alguém da família. Não tinha ninguém na minha casa. Ele entrou e ficou quase duas horas lá dentro. Quase tudo que ele roubou foi dado por pessoas que não estão mais vivas. Tem valor emocional imenso. É história da minha vida”, disse a vítima.
David Frajuca é um dos integrantes da quadrilha de São Paulo. Com documentos falsos, ele e outros suspeitos vinham ao Rio de Janeiro, se hospedavam em hotéis e passavam a definir os alvos a partir de listas clandestinas com nomes e dados de pessoas que adquiriram bens como joias, bolsas de grife e relógios de luxo.
A polícia estima que o valor dos roubos investigados pode chegar a R$ 4 milhões.
“Eles levam tudo, bolsas etc…. e eles revendem isso vendem na internet”, explica a delegada Daniela Terra, que investiga o caso.
Joias furtadas de casas no Rio
Reprodução/TV Globo
Outra maneira de selecionar as vítimas era pelas redes sociais. Quem ostentava acabava na mira da quadrilha, que também acabava obtendo dados vazados ilegalmente com detalhes das pessoas.
Com os alvos definidos, os bandidos passavam a vigiar os endereços para encontrar brechas na segurança. Os ladrões só invadiam os imóveis se tivessem certeza de que estariam vazios — eles chegavam a ligar para telefones fixos para garantir que não havia ninguém.
Quadrilha é ligada à facção criminosa
Um comparsa sempre aguardava dentro do carro, pronto para uma fuga imediata, enquanto outro ficava na rua, caso a vítima retornasse. Em uma ação, no dia 22 de janeiro, a polícia identificou também Matheus Ribeiro e Victor Gabriel, que saem de um carro, e entram em um prédio, na rua Vieira Souto, em Ipanema.
Eles entram sem nada e, 40 minutos depois, descem com uma bolsa. Os investigadores dizem que eles roubaram dinheiro e relógios do apartamento de um idoso.
No dia 27 do mesmo mês, outro furto em Copacabana. Quem está envolvido na ação são Nathan Galloni e Carlos Vinícius dos Santos.
De acordo com a investigação, os chefes da quadrilha pertencem à maior facção criminosa do país, que é de São Paulo. O material furtado no Rio de Janeiro era revendido a receptadores da capital paulista para não levantar suspeitas.
Buscas em São Paulo
Na quarta (19), a Polícia Civil fez buscas em São Paulo nas casas de integrantes da quadrilha. Os agentes foram até os bairros Várzea Paulista e Liberdade.
Alvos dos mandados, Roberto Quirino, Carlos Vinicius dos Santos e Nathan Galloni têm várias passagens por furtos a residências.
Os criminosos têm até advogados que monitoram os processos em que eles são citados no Tribunal de Justiça do RJ e conseguem saber quando haverá pedido de busca ou prisão pelos furtos.

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