Mais de 300 etnias vivem no país, que falam cerca de 270 línguas. Dia 19 de abril é visto como uma data de reivindicação de direitos por território e proteção da cultura, e não comemoração. Índios da Aldeia Pataxó Muã Mimatxi em Itapecerica
Thiago Carvalho/TV Integração
O “Dia dos Povos Indígenas” (e não mais “Dia do Índio”), celebrado nesta quarta-feira (19), marca a luta dos povos originários pela sobrevivência e resistência diante das violências sofridas desde a colonização do Brasil.
São mais de 300 etnias no país, que falam cerca de 270 línguas.
Historicamente perseguidos, esses povos reivindicam, entre outros pontos, a demarcação de terras para proteção de seus territórios, meio de vida e cultura.
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Data para reivindicar e não comemorar
Apesar da ideia de que o 19 de abril é um dia de celebração, os povos indígenas defendem ser uma data de reivindicação.
Não temos o que comemorar, porque ainda precisamos reivindicar e pautar nossas lutas. Lutamos todos os dias pelo nosso território, pela nossa cultura e pelo direito de viver como vivemos.
De janeiro a dezembro de 2022, o acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal foi de 10.267 km², segundo dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa foi a pior marca da série histórica anual do Deter, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real do instituto.
Também na Amazônia, onde fica a Terra Indígena Yanomami, nos estados do Amazonas e Roraima, há uma crise humanitária instalada.
Desde o início do ano, o governo federal tem feito operações para retirar o garimpo ilegal da região e prestar atendimento à população local, que sofre com doenças e desnutrição.
Entenda a diferença entre índio e indígena