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Maranhão ocupa o 2º lugar no ranking de assassinatos de lideranças indígenas


Dados são de um levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Indígena é encontrado morto em Amarante do Maranhão
Divulgação/Redes Sociais
O Maranhão o ocupa o 2° lugar no ranking de assassinatos de lideranças indígenas, segundo um levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Os conflitos de terra, que tem resultado na morte de indígenas, são causados por madeireiros e traficantes que tentam explorar os recursos naturais.
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Ao longo dos anos, os povos indígenas lutam por direitos e por um reconhecimento maior da importância e contribuição para a sociedade. Esse tema foi debatido em um encontro realizado nesta semana em São Luís.
Para a professora Rosa, que faz parte da etnia Tremembé, indígenas da região da Raposa, na Grande São Luís, ainda existem muitos desafios pela frente, mas é importante reconhecer as conquistas que já foram alcançadas e que contribuem para fortalecer a identidade dessas comunidades.
“É importante esses espaços onde a gente pode expressar as lutas, que são demasiadas. Esse momento é importante pois nós estamos interagindo com o público que está fazendo universidade, que está tendo conhecimento acadêmico, mas que é importante também juntar esse conhecimento acadêmico com a vida, no caso, aqui, com os povos indígenas”, conta a professora.
São conquistas ao longo de anos de luta, entre ela a maior representação política e participação nas decisões que afetam a vida deles. Cada vez mais, são eleitos líderes indígenas para cargos públicos, como Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Originários do Governo Federal, e Lúcio Guajajara coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena do Maranhão (Desei). Pela primeira vez, indígenas nesses cargos.
Uma das conquistas mais significativas é a dos territórios ancestrais. A Constituição Brasileira reconhece a propriedade das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, o que foi uma grande vitória na luta pela demarcação desses territórios. Apesar das muitas ameaças e tentativas de invasão, as comunidades têm conseguido resistir e proteger suas terras.
Violência na Terra Indígena Araribóia
Os números de assassinatos na Terra indígena Arariboia têm crescido nos últimos meses. No dia 23 de fevereiro, um indígena, identificado como Jones Canaré Guajajara, de 22 anos, foi baleado por homens armados na aldeia Toarizinho, que fica na Terra Indígena Arariboia, no município de Santa Luzia, a 294 km de São Luís.
No dia 31 de janeiro de 2023 um funcionário da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) foi morto na aldeia Abraão. A vítima foi o motorista Raimundo Ribeiro da Silva, de 57 anos, também conhecido como ‘Doutorzinho’.
No momento do crime, ‘Doutorzinho’ dirigia uma caminhonete da própria Sesai e trafegava em uma estrada de piçarra que passa pela aldeia Abraão, quando foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta que se aproximaram do veículo e atiraram contra ele.
No dia 28 de janeiro o corpo do indígena Valdemar Marciano Guajajara, de 45 anos, foi encontrado morto na cidade de Amarante do Maranhão. Segundo a polícia, no corpo do indígena foram encontrado várias marcas de espancamento. Valdemar Guajajara vivia na aldeia Nova Viana, que fica localizada na Terra Indígena Araribóia.
Na madrugada do dia 9 de janeiro, dois indígenas foram baleados durante uma tentativa de homicídio, em na Aldeia Maranuí, localizada entre as cidades de Arame e Grajaú. Os indígenas saíam de uma festa, na Aldeia Tiririca, quando foram baleados por homens que estavam em um carro que passava pela região. Eles foram identificados como Benedito Gregório Soares Guajajara e Juninho Guajajara.

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