Crime aconteceu há quase 10 anos em São João da Boa Vista (SP). Depois de ser reagendado em março, julgamento estava previsto esta quarta, em Mogi Guaçu e foi remarcado para maio. Após 10 anos, empresários acusados de causar acidente em São João da Boa Vista que matou técnico e jogadora de futsal na SP-342 serão julgados
Reprodução/EPTV
O julgamento dos empresários envolvidos em um acidente que causou as mortes do técnico de futsal Foguinho e da jogadora Paloma em São João da Boa Vista (SP) há quase dez anos foi adiado pela terceira vez.
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O júri popular que ocorreria nesta quarta-feira (19), em Mogi Guaçu (SP), foi remarcado para 17 de maio porque uma das juradas passou mal.
A Justiça chegou a marcar o Tribunal do Júri em 2020, porém, por conta da pandemia foi adiado e remarcado para 14 de março deste ano. Na data, a defesa não compareceu e o júri foi remarcado para esta quarta, o qual também foi adiado.
Segundo o advogado Gustavo Massari, que representa as famílias das vítimas, foi iniciado todo o rito judicial quando a jurada passou mal.
“Como os outros jurados já tinham sido dispensados, teve que dissolver e foi remarcado novamente. A sensação é de que esse caso está enraizado, de que nunca vai acabar esse sofrimento”, declarou.
Vítimas de acidente após suposto racha em São João da Boa Vista
Reprodução/EPTV
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Andamento do processo
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Arthur Santos/arquivo pessoal
Em 2014, um ano após o acidente, a Justiça determinou que os réus fossem submetidos a júri popular. Na época, os advogados dos empresários apresentaram recurso, o qual foi julgado parcialmente provido em 2016.
Com a decisão, eles conseguiram afastar todas as qualificadoras do crime de homicídio qualificado e serão julgados por homicídio simples, por três vezes, sendo um tentado e dois consumados.
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Arthur Santos/arquivo pessoal
Depois disso, em 2018, a defesa pediu ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) o desaforamento do processo, ou seja, um pedido para que o julgamento acontecesse em outra comarca que não fosse São João da Boa Vista. O pedido foi deferido e, desde então, o processo corre em Mogi Guaçu (SP).
Relembre o caso
Paloma, Cristiany e Foguinho na festa da Eapic
Cristiany Boratto/Arquivo pessoal
O acidente aconteceu por volta das 3h do dia 13 de julho de 2013. Paloma Heloísa da Silva saía da 40ª Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (Eapic) com a treinadora do time feminino de futsal Cristiany Borato e o técnico José Carlos Chessa Luiz.
Segundo a polícia, duas caminhonetes tiravam uma racha na Rodovia Governador Ademar Pereira de Barros (SP-342), que liga Águas da Prata a São João da Boa Vista, quando um dos veículos atingiu a traseira do carro em que estavam as três vítimas. O boletim de ocorrência relatou que os empresários estavam a 170 quilômetros por hora, mais que o dobro do permitido no local, que é de 80 quilômetros por hora.
Foguinho, como era conhecido, morreu na hora e Paloma teve a morte declarada quase 15 horas depois do acidente. A treinadora ficou ferida, mas foi socorrida e escapou da morte.
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