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Veja o que se sabe e o que falta saber sobre suposto esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol


Na nova etapa da operação, foram divulgadas informações como os lances exigidos pelos apostadores e aliciadores aos jogadores investigados. Goiás x Juventude
Rosiron Rodrigues – Goiás E.C.
O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou a segunda fase da Operação Penalidade Máxima, que apura a manipulação de resultados de jogos de futebol. Na nova etapa da operação, foram divulgadas informações como os lances exigidos pelos apostadores e aliciadores aos jogadores investigados.
Confira abaixo o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o suposto esquema de manipulação.
Veja o que se sabe sobre a operação:
Quando a investigação começou?
Como o grupo agia?
Quem são os jogadores réus na 1ª fase?
Quem são os investigados na 2ª fase?
Quais são os jogos investigados na 2ª fase? O que o grupo pediu aos jogadores em cada um destes jogos?
Quanto os jogadores recebiam para participar do esquema?
O que falta esclarecer?
Quem são todos os jogadores envolvidos?
Os jogadores foram demitidos ou afastados dos clubes?
Quem são os apostadores e aliciadores envolvidos?
Quais são os nomes das casas de apostas envolvidas?
Os lances comprados afetaram a classificação no Brasileirão?
Quando a investigação começou?
A investigação começou em novembro de 2022 após uma denúncia feita pelo Vila Nova Futebol Clube, que é vítima no esquema, segundo o Ministério Público.
Como o grupo agia?
Foto mostra Ministério Público de Goiás em casa de investigado na Operação Penalidade Máxima
Divulgação/Ministério Público
O MPGO, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), já apurou que o grupo criminoso conseguiu manipular resultados de jogos de futebol após subornar jogadores. A investigação mostrou que os jogadores recebiam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que realizassem ações específicas durante as partidas.
Na primeira fase, a investigação mostrou que o esquema funcionava da seguinte forma: os apostadores faziam propostas para atletas marcarem pênaltis nos primeiros tempos de cada jogo. Caso os jogadores aceitassem, era feito o pagamentos do “sinal”. Após a partida, caso o pênalti tivesse sido feito, os jogadores receberiam o restante do valor combinado.
Na segunda fase, o Ministério Público descobriu que o grupo investigado pedia também aos jogadores que eles tomassem cartões amarelo e vermelho, além do pedido para a derrota de um time. De acordo com o MP, há indícios de que as condutas solicitadas aos jogadores tinham como objetivo que os investigados conseguissem altos lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, usando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar o retorno financeiro.
Quem são os jogadores réus na 1ª fase?
Mateus da Silva Duarte, conhecido como Mateusinho (jogador do Cuiabá);
Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário (ex-jogador do Vila Nova);
Joseph Maurício de Oliveira Figueredo (jogador do Tombense);
Gabriel Domingos de Moura (atual jogador do Vila Nova);
Allan Godoi dos Santos (jogador do Sampaio Corrêa);
André Luís Guimarães Siqueira Júnior, conhecido como André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, atualmente no Ituano);
Ygor de Oliveira Ferreira, conhecido como Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, atualmente no Irã);
Paulo Sérgio Marques Corrê (ex-Sampaio Corrêa, atualmente no Operário-P).
Ex-jogador do Vila Nova Romário e empresário preso em SP estão entre os denunciados pelo MP, em Goiás
Divulgação/Vila Nova e Reprodução/Redes sociais
Quem são os investigados na 2ª fase?
Até a última atualização, quatro atletas suspeitos de envolvimento nesta 2ª fase da operação já foram identificados, são eles:
Victor Ramos, ex-Palmeiras, Vasco e Vitória, e atualmente zagueiro na Chapecoense;
Igor Cariús, lateral-esquerdo do Sport Recife;
Kevin Lomonaco, jogador do Red Bull Bragantino;
Gabriel Tota, jogador do Esporte Clube Juventude.
O g1 não localizou a defesa dos jogadores até a última atualização desta reportagem.
Jogadores Victor Ramos, Igor Cariús, Gabriel Tota e Kevin Lomonaco️️️, investigados na Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás
Julia Galvão/ACF, Marlon Costa/Pernambuco Press e Reprodução/Instagram Gabriel Tota e Kevin Lomonaco️️️
Quais são os jogos investigados na 2ª fase? O que o grupo pediu aos jogadores em cada um destes jogos?
Jogos investigados na 2ª fase da operação:
Campeonato Brasileiro:
Santos 1 x 1 Havaí – 5 de novembro de 2022
Pediram que um atleta do Santos tomasse um tomar um cartão amarelo;
Red Bull Bragantino 1 x 4 América-MG – 5 de novembro de 2022
Pediram que um atleta do Bragantino tomasse um cartão amarelo;
Goiás 1 x 0 Juventude – 5 de novembro de 2022
Pediram que dois atletas do Juventude tomassem cartões amarelos;
Cuiabá 1 x 1 Palmeiras – 6 de novembro de 2022
Pediram que um jogador do Cuiabá tomasse cartão amarelo;
Botafogo 3 x 0 Santos – 10 de novembro de 2022
Pediram que um jogador do Santos tomasse cartão vermelho;
Palmeiras 2 x 1 Juventude – 10 de setembro de 2022
Pediram que um jogador do Juventude tomasse cartão amarelo.
Campeonatos estaduais:
Goiás x Goiânia – 12 de fevereiro de 2023
Pediram a derrota do Goiânia no primeiro tempo.
Caxias x São Luíz-RS – 12 de fevereiro de 2023
Pediram que um jogador do São Luiz cometesse pênalti.
Esportivo x Novo Hamburgo – 11 de fevereiro de 2023
Pediram para jogador do Novo Hamburgo cometesse um pênalti.
Luverdense x Operário – 11 de fevereiro de 2023
Pediram manipulação no número de escanteios.
Guarani x Portuguesa – 8 de fevereiro de 2023
Pediram que atleta recebesse cartão amarelo.
Quanto os jogadores recebiam para participar do esquema?
As quantias envolvidas para a cooptação dos atletas da Série A do Campeonato Brasileiro, conforme o promotor, para punição de cartão amarelo e vermelho giravam em torno de R$ 50 mil a R$ 60 mil, por atleta, para cada evento esportivo.
No caso dos campeonatos estaduais, os valores variavam entre R$ 70 mil a R$ 100 mil, conforme o promotor.
Zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense
Julia Galvão/ACF
O que falta esclarecer?
Quem são todos os jogadores envolvidos?
Os nomes dos demais jogadores envolvidos não foram divulgados.
Os jogadores da 2ª fase da operação foram demitidos ou afastados dos clubes?
O g1 questionou nesta quarta-feira (19) o Sport Recife, Red Bull Bragantino, Esporte Clube Juventude e Chapecoense, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Quem são os apostadores e aliciadores envolvidos?
Na operação, o Ministério Público não divulgou os nomes dos apostadores e aliciadores.
Quais são os nomes das casas de apostas envolvidas?
O Ministério Público não divulgou os nomes das casas de apostas.
Os lances comprados afetaram a classificação no Brasileirão?
O Ministério Público não divulgou esta informação.

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