Vereadores acusados de ‘rachadinha’ em Guará, SP, têm mandatos cassados

Decisão foi tomada em sessão extraordinária da Câmara nesta terça-feira (18). Parlamentares também vão responder criminalmente por vantagem indevida e perseguição. Câmara de Guará, SP, decide se vereadores serão cassados nesta terça-feira (18)
A Câmara de Vereadores de Guará (SP) decidiu nesta terça-feira (18) cassar os mandatos dos vereadores Ronan Taffarel Ferreira da Cruz (Republicanos) e Arsênio Amaro Dias (Podemos), o Arroizão.
Os dois são réus em um processo que investiga prática de rachadinha, uma vez que teriam exigido que uma funcionária comissionada fizesse um empréstimo e repassasse o dinheiro a eles em troca de mantê-la no cargo.
Vereadores de Guará, SP, votaram pela cassação de parlamentares em sessão extraordinária
Reprodução/EPTV
A denúncia contra os parlamentares foi feita ao Ministério Público no fim de 2022 pela própria servidora e por mais sete vereadores.
Ronan Taffarel Ferreira da Cruz (Republicanos) e Arsênio Amaro Dias (Podemos), conhecido como Arroizão, são suspeitos de rachadinha em Guará, SP
TSE/Reprodução
Taffarel e Arroizão foram afastados dos cargos em dezembro do ano passado e também proibidos de frequentar o prédio da Câmara, de deixar a cidade sem autorização judicial e de manter qualquer tipo de contato com a servidora que denunciou o caso.
Além do processo de cassação na Câmara, os vereadores vão responder criminalmente por vantagem indevida e perseguição.
Isso porque, de acordo com a promotoria, os dois teriam se aproveitado da situação financeira e psicológica da servidora, que tinha acabado de perder o marido para a Covid-19.
Procurada pela reportagem, a defesa de Taffarel disse que não ia se manifestar sobre o assunto. A defesa de Arroizão não foi encontrada.
Votação contou com participação dos 11 vereadores
A votação pela cassação aconteceu em sessão extraordinária, que começou por volta das 18h30, na Câmara de Vereadores.
Taffarel e Arroizão receberam, igualmente, 9 votos em favor da cassação, um contra e uma abstenção.
Um link para acompanhar a votação de maneira virtual foi disponibilizado aos advogados de ambos os parlamentares, para que pudessem apresentar as defesas de seus clientes durante a sessão, mas ninguém apareceu.
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