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Grávida que denunciou agressões de marido GCM diz que ele enviou mensagens pedindo que ela retirasse denúncia


João Paulo Borges Neto não pode se aproximar da vítima por conta de medidas protetivas de urgência concedidas pela Justiça. Guarda civil suspeito de violência doméstica em Goiânia
Reprodução/TV Anhanguera
O guarda civil metropolitano João Paulo Borges Neto, de 37 anos, suspeito de agredir a esposa grávida de 1 mês, na última semana, entrou em contato com a vítima pedindo para que ela retirasse a denúncia, segundo a vítima. “Ele está falando que vai chamar a imprensa, falar que sou louca, e que a única forma de ele não fazer isso é retirando a queixa”, conta.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização desta matéria.
Em mensagens enviadas à esposa na noite de domingo (16), às quais a reportagem teve acesso, João Paulo diz que “amava muito a esposa” e só queria que ela “devolvesse sua vida”. “Estão pensando que eu sou um monstro, mas sabe quem realmente sou”.
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O marido da vítima diz ainda que se ela quisesse, ele pediria para seu advogado entrar em contato com ela e orientá-la. “Você pode desfazer tudo isso, você pode retirar a denúncia, falar do seu problema, e as pessoas vão entender”, completou.
A arma e munições que João Paulo usava em suas funções como GCM foram apreendidas após determinação judicial, na madrugada de sábado (15). A Justiça de Goiás também concedeu medidas protetivas de urgência à vítima. O suspeito não pode se aproximar dela durante 180 dias ou enquanto durar a ação penal do investigado. Também estão proibidos quaisquer contatos entre vítima e agressor, mesmo que virtuais.
A vítima conta que está abalada e em pânico. “Ele está com muito ódio de mim. Vou ter que voltar à polícia agora para relatar esse novo episódio”. Por conta das agressões, a jovem sofreu um descolamento de placenta e precisou ser internada. Apesar de ter recebido alta no domingo (16), sua gravidez ainda é de risco.
Relembre o caso
No dia 13 deste mês, a esposa de João Paulo Borges denunciou ter sido agredida pelo companheiro. Segundo a vítima, as agressões começaram após descobrir que o marido usava drogas.
“Ele me deu soco, tapa e pontapé. Eu desmaiava, ele me acordava e me dava mais socos. Ele me disse que eu não sairia viva dali e que era o meu dia”, diz.
A gestante relatou ainda que o suspeito se apresentava para as pessoas como policial e não como Guarda Civil.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia informou que o servidor já estava afastado das funções administrativas e operacionais da Guarda e que, agora, será aberto procedimento administrativo disciplinar para investigar o caso. João Paulo também foi desligado de suas funções públicas junto ao vereador Lucas Kitão (PSD). Desde então, ele segue desaparecido.

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