A paz só veio em 1998, quando as Irlandas desmilitarizaram os grupos armados, definiram um sistema de partilha de poder e criaram um parlamento em Belfast. Na figura do ex-presidente Bill Clinton, os Estados Unidos tiveram um papel importante na negociação. Presidente dos EUA chega à Irlanda do Norte para celebrar 25 anos de acordo que pôs fim a três décadas de violência no país
O presidente dos Estados Unidos chegou nesta terça-feira (11) à Irlanda do Norte para celebrar os 25 anos do acordo que pôs fim a três décadas de violência no país.
São duas, as Irlandas. Elas são vizinhas; ficam na mesma ilha. Embaixo, a República da Irlanda, que tem como capital a carismática Dublin, cidade cheia de brasileiro aprendendo inglês. Essa Irlanda está na União Europeia. Em cima, a Irlanda do Norte, outro país, e parte do Reino Unido – junto com Escócia, País de Gales e Inglaterra. A capital dessa outra Irlanda é Belfast.
No final dos anos 1960, a ilha viveu uma tensão político-religiosa. O cenário dos confrontos era a Irlanda do Norte. A minoria católica da população, com religião e cultura ligadas à República da Irlanda, ao sul, lutava pela reintegração dos dois países. A maioria protestante, que se identifica como britânica, defendia a permanência da Irlanda do Norte no Reino Unido.
Durante 30 anos, os conflitos deixaram mais de 3,5 mil mortos. Os mais velhos vão lembrar: foi quando surgiu uma facção violenta do IRA. O Exército Republicano Irlandês, considerado pelos britânicos uma organização terrorista, era um grupo paramilitar que buscava a reunificação defendida pelos católicos.
A paz só veio em 1998, com o chamado “Acordo da Sexta-Feira Santa”. As Irlandas desmilitarizaram os grupos armados, definiram um sistema de partilha de poder e criaram um parlamento em Belfast. Na figura do ex-presidente Bill Clinton, os Estados Unidos tiveram um papel importante na negociação.
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Vinte e cinco anos depois, Joe Biden embarcou para a Irlanda do Norte. Na quarta-feira (12), o presidente americano vai ter um encontro com líderes políticos da Irlanda do Norte.
Essa visita acontece duas semanas depois de o serviço de inteligência britânico ter dito que o nível de ameaça terrorista na Irlanda do Norte aumentou por causa da atividade de republicanos dissidentes. O porta-voz da Casa Branca disse que Biden estava se sentindo “mais do que confortável em fazer essa viagem”.
Biden vai à Irlanda do Norte para celebrar os 25 anos do acordo que pôs fim a três décadas de violência no país
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