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PF abre ainda esta semana apuração sobre fake news que movimentou mercado

Com dólar já pressionado por dúvidas sobre a trajetória da dívida e ambiente externo, perfil atribuiu falas falsas a futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. A Polícia Federal vai instaurar ainda esta semana apuração sobre a fake news que movimentou o mercado nacional em dias de agitação extrema por conta da trajetória da dívida interna e do cenário internacional.
A mentira foi desmentida e revelada no jornal Conexão GloboNews. Um perfil que simulava pertencimento a casa do mercado financeiro inventou e atribuiu, na última terça (17), declarações ao futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
A mentira foi replicada por agentes do mercado e perfis de extrema direita nas redes sociais como se fosse verdade e acabou ampliando, segundo representação da Advocacia-Geral da União obtida pelo blog, a pressão sobre o dólar.
Ao pedir a investigação para a PF e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a AGU afirmou que “essas afirmações são desprovidas de fundamento e foram prontamente desmentidas pelo Banco Central, mas geraram repercussão significativa no mercado financeiro”.
“Embora o Banco Central tenha emitido esclarecimentos para desmentir as declarações atribuídas ao Diretor Gabriel Galípolo, o conteúdo falso ganhou ampla circulação, sendo compartilhado por páginas e perfis especializados em análise econômica, com alta visibilidade. Essa disseminação gerou impactos negativos na cotação do dólar, em um momento sensível para a política cambial brasileira.”
As postagens falsas foram replicadas por perfis de gestoras de casas de investimento e economistas com mais de 100 mil seguidores. Depois de reveladas no Conexão, as postagens originais foram apagadas e, por fim, o perfil que lançou a fake news simplesmente excluiu sua conta da rede social X.
A agitação causada pela mentira coincidiu com um ambiente já de extrema desconfiança do mercado com a solidez do pacote de corte de gastos lançado pelo governo Lula, com severas críticas à trajetória da dívida e com as questões que a aproximação da posse de Donald Trump nos Estados Unidos têm levantado em todo mundo, pressionando sobretudo países emergentes.
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