Além dos 829 radares fixos em rodovias federais, a PRF vai espalhar outros 232 radares portáteis em pontos estratégicos. PRF reforça fiscalização nas estradas para evitar acidentes durante férias escolares e festas de fim de ano
Reprodução/TV Globo
A Polícia Rodoviária Federal reforçou a fiscalização nas estradas para evitar acidentes durante as férias escolares e festas de fim de ano.
O radar da Polícia Rodoviária Federal flagrou um motorista a 212 km por hora. Mais que o dobro do permitido. Flagrantes como esse se repetem pelas estradas brasileiras. Pressa que pode terminar em tragédia.
“É fundamental que o motorista respeite o limite de velocidade, mesmo onde não há radar fixo instalado. Cada placa de sinalização foi instalada, existe ali, naquele trecho, porque houve um cálculo de engenharia apontando aquela velocidade como adequada para garantir o mínimo de segurança para os usuários na rodovia”, comenta Fernando Oliveira, superintendente da PRF do Paraná.
A Polícia Rodoviária Federal lançou, nesta quarta-feira (18), a Operação Rodovida, para reforçar a fiscalização e promover ações educativas até o Carnaval.
Um dos principais objetivos é combater o excesso de velocidade, com o apoio de equipes estaduais e municipais. Além dos 829 radares fixos em rodovias federais, a PRF vai espalhar outros 232 radares portáteis em pontos estratégicos.
Não é à toa que o excesso de velocidade está na mira da Polícia Rodoviária Federal. Os números retratam um cenário preocupante.
De janeiro a outubro deste ano, a PRF aplicou mais de 5 milhões de multas por excesso de velocidade. O número já é bem maior do que o registrado em todo o ano passado, quando foram quase 3 milhões de infrações.
“A gente faz o nosso trabalho em pontos da rodovia, mas quando o condutor sai da fiscalização, da vigilância da fiscalização, é preciso que a consciência seja marcada. Então, o trabalho de educação, para mudar a cultura, é muito importante”, diz o diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira.
O físico Nestor Cortez Filho explica por que o aumento da velocidade, ainda que pequeno, pode representar um grande risco.
“Um acréscimo de apenas 20% na velocidade, mas a potencialidade de você ter um acidente grave aumenta em 57%. Então, um simples toque no acelerador com certeza é a diferença entre você ir a óbito ou não, porque 57% é muita coisa!”, adverte o especialista.
“Além do risco que eu estou me colocando, coloco os outros também em risco, família. Então o melhor é seguir as placas”, afirma o aposentado Mateus Fuzon.
“80km/h, 90km/h, meu limite é esse. Acho que todo mundo deveria tentar fazer o mesmo, respeitar”, diz a educadora social, Cristina Paixão Viana.
LEIA TAMBÉM:
Polícia Rodoviária Federal reforça fiscalização das estradas com tecnologia
Pesquisador brasileiro propõe modelo inédito para calcular risco de acidentes em rodovias serranas