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Iniciativas são destino mais sustentável a toneladas de tecido que iam parar no lixo


Projeto tocado por pesquisadores da USP, por exemplo, ajudou centenas de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social a ganhar dinheiro, transformando pedaços de pano e roupas usadas em peças novas, nos últimos cinco anos. Projeto da USP já ajudou centenas de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social
JN
Em duas cidades do país, toneladas de tecido que iam parar no lixo começam a ter um destino mais sustentável.
Ela abriu sozinha um guarda-chuva de oportunidades. Do tecido da sombrinha quebrada nasce uma jaqueta e uma linha inteira de produtos. O projeto de faculdade em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, virou um negócio.
“A gente vem trabalhando nesses casacos, nesses produtos, e a gente já retirou mais de duas toneladas de guarda-chuvas do meio ambiente só em Petrópolis”, conta a empresária Juliana Pinto.
Esse jeito de enxergar o que normalmente é descartado como algo que tem valor tem provocado o surgimento de diversas iniciativas Brasil afora. Em um país que descarta, todo ano, mais de 3 milhões de toneladas de resíduos têxteis e peças de couro, brasileiros têm encontrado soluções sustentáveis e baratas para, por exemplo, dar vida nova a peças de roupa.
Uma cena é comum em um dos principais polos de confecção do país, o centro de São Paulo: parte do que é deixado pelas calçadas serve para alinhavar novas histórias. Adriana Paz, de 46 anos, está aprendendo a costurar.
“Eu trabalhava na rua. Vai ser bom para mim arranjar um emprego e sair daqui. Ou de costureira ou bordando. Vai ser muito importante pra mim”, diz ela.
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O projeto tocado por pesquisadores da USP ajudou, nos últimos cinco anos, centenas de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social a ganhar dinheiro, transformando pedaços de pano e roupas usadas em peças novas.
“O povo descarta, mas ela dá para virar arte. A gente vender, mudar, modificar e dá para usar de novo. Não precisa ir para o lixo e acabar com a natureza, né?”, afirma Milena Felismino, aluna do projeto.
A professora da USP Francisca Santas Mendes diz que, por dia, 55 toneladas de tecidos descartados vão parar no aterro sanitário de São Paulo. Ela ensina que dá para diminuir o impacto ambiental e distribuir autonomia.
“A importância está no emponderamento da pessoa se sentir capaz, sentir que posso fazer alguma coisa. Então é um pontapé para mostrar. E a moda é muito bonita, né? É gostoso também trazer isso para eles, essa oportunidade de fazer alguma coisa e ganhar dinheiro com moda”, vibra ela.
As roupas renascem, assim como as pessoas.
“Eu achei que não ia conseguir terminar o short hoje, porque eu desmanchei ele duas vezes. E eu consegui finalizar a barra do short, pela minha deficiência, que eu tenho nas vistas. Por isso que eu estou feliz”, emociona-se a aluna Maria Joaquim.

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